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quarta-feira, 25/06/2025 | Ano 91 | Nº 5996
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ABERTO PARA VISITAÇÃO

Museu Théo Brandão lança visitação virtual, em 360º, produzida por estúdio alagoano; acervo conta com mais de três mil peças, além de livros, objetos e fotografias

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| Foto: Reprodução


Lá na Praia da Avenida, que em outros tempos já foi considerada a melhor de Maceió, o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore (MTB) reina absoluto, como o recanto da nossa cultura popular. Neste momento de pandemia e de portas fechadas para os equipamentos culturais, a Casa do Patrimônio alagoano abre para visitação, pelo menos virtualmente.

A ideia do estúdio Núcleo Zero, responsável pelo desenvolvimento da visitação virtual em 360º ao MTB, veio de sua pesquisa mais recente com realidade virtual (VR). O projeto é também fruto de uma parceria da empresa com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Museu Théo Brandão. Segundo Victor Sarmento, diretor do museu, a parceria com a Núcleo Zero começou em 2018, quando a ideia sobre esse projeto surgiu, mas foi deixada em standby.

Com a pandemia do novo coronavírus, o museu, cujo o acervo é a maior referência da rica cultura popular do estado, fechou as portas temporariamente e, com isso, o projeto foi retomado imediatamente. Para o diretor do museu, é uma forma de aproximar as pessoas do grande acervo cultural que Alagoas tem para oferecer e facilitar o acesso para todos, além de incluir de vez o museu na Era digital. A visitação virtual em 360° também abre as portas para internacionalizar o museu.

A museóloga Carmem Lúcia Dantas, se mostra satisfeita com a iniciativa de promover a visita virtual ao acervo de cultura popular que a casa preserva.

“Para mim, teve um sentido emocional muito forte, pois o museu, a minha grande paixão profissional, veio a mim neste momento tão difícil, de recolhimento. Foi um percurso de retorno, que me levou à época em que eu circulava naquele casarão, ouvindo os ensinamentos de Dr, Théo, sempre com uma máquina fotográfica à tiracolo e trazendo mais peças para agregar ao acervo”, comenta Carmem.

O Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore foi criado no dia 20 de agosto de 1975 e pertence à Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Inicialmente, o museu foi instalado na casa n° 3 do Campus Tamandaré, no Pontal da Barra. Em 1977, por ocasião da V Festa do Folclore Brasileiro, realizada em Maceió, a coleção do Museu foi transferida para a sua sede própria, em um prédio de arquitetura eclética, situado na Avenida da Paz, no centro da capital alagoana.

“O Museu Théo Brandão detém uma coleção que retrata a força da cultura alagoana na sua expressão mais autêntica. As diversas manifestações da arte popular lá estão representadas, nas suas formas mais tradicionais. Os folguedos populares, a riqueza do artesanato, as peculiaridades regionais, o tipo físico, enfim, a cultura material e imaterial que compõe o mapa da nossa formação social e cultural. É o Museu Théo Brandão, com justa razão, a Casa da alma do povo alagoano.” afirma a museóloga.

Em relação ao projeto, a museóloga afirma: “A visita virtual ao museu é uma excelente oportunidade de todos poderem visitar o seu circuito e conhecerem os passos importantes da formação do nosso estado e das suas raízes rurais”, finaliza.

O QUE TEM NO THÉO BRANDÃO

Somando tudo, são cerca de três mil peças no acervo tridimensional – aquele composto por esculturas, pinturas, itens utilitários, entre muitos outros. Fora isso, o espaço abriga também documentos, fotografias, livros, material ainda não totalmente contabilizado devido à grande quantidade.

De acordo com o museólogo Júlio César Chaves, a maioria das peças faz parte da antiga coleção de Théo Brandão, a exemplo de itens produzidos no Estado e em outros locais do Nordeste e também dos vindos de outros países, em sua maioria Espanha, Portugal e México, além dos famosos ex-votos (presentes, geralmente representações de partes do corpo, dados por fiéis a um santo como agradecimento a uma promessa). Os objetos, aliás, fazem parte da instalação denominada Fé, assim como representações da cultura afro-brasileira.

O acervo do Théo Brandão conta ainda com moringas de Julio Rufino, cerâmicas de dona Irinéia e da tribo Kariri-Xocó, de Porto Real do Colégio (a maioria de Miguel Celestino), e cordéis de Eneas Tavares, um dos maiores nomes do Estado dentro dessa literatura. Chapéus de Guerreiro, que foram recentemente reformados, e a “Mamãe”, do bloco Filhinhos da Mamãe, dão o tom do segundo piso da instituição.

Clique e acesse a tour virtual do Museu Théo Brandão.

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