loading-icon
Gazeta FM
NO AR | Maceió

Gazeta FM

94.1
sexta-feira, 04/04/2025 | Ano 91 | Nº 5938
Maceió, AL
26° Tempo
Home > Caderno B

Caderno B

ALAGOANES

Festival online e gratuito exibe 94 filmes alagoanos para celebrar os 100 anos do audiovisual em Alagoas

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

2 mulheres à frente do projeto, 94 filmes selecionados, 13 temáticas, 6 oficinas e 1 festival para celebrar os 100 anos do audiovisual alagoano. Esses são alguns números do Festival Alagoanes, que começou ontem, 22 de março, e segue até o dia 20 de abril. Durante esse período, o público poderá ter um vislumbre da produção audiovisual local e conferir filmes de realizadores que abriram caminhos e dos que seguem desbravando esse ofício: o de contar histórias e registrar os tempos.

O festival ocorre online, com acesso totalmente gratuito e foi contemplado com o Prêmio Professor Elinaldo Barros, que é parte do conjunto de ações emergenciais destinadas ao setor cultural de Alagoas, via Lei Aldir Blanc. Para conferir a programação completa e os filmes, basta acessar www.festivalalagoanes.com.br.

Os filmes selecionados pela iniciativa são produzidos e dirigidos por pessoas alagoanas, ou radicados no estado. O projeto surge do desejo de Larissa Lisboa em celebrar o centenário, e do encontro com Karina Liliane. De acordo com as realizadoras, a parceria fez com que o projeto tomasse corpo e pudesse ser realizado este ano.

“Como o foco é celebrar e dialogar com todes que apreciam o audiovisual alagoano, abraçamos a linguagem neutra e batizamos o projeto como Festival Alagoanes”, diz Karina, explicando a escolha do nome do projeto.

“O Festival se dá completamente de forma online. Todas as ações que fazem parte do projeto foram e serão realizadas dessa forma. No todo, o Alagoanes vem desenvolvendo suas ações desde janeiro e seguirá com programação até maio, mas a mostra de filmes terá duração de 30 dias consecutivos”, completa Larissa Lisboa.

Imagem ilustrativa da imagem ALAGOANES
| Foto: Reprodução

Os títulos que constituem a mostra comemorativa permanecerão disponíveis pelos próximos 30 dias, como mencionado acima, com exceção de Cavalo (Rafhael Barbosa e Werner Salles) e de A Barca (Nilton Resende). Além dos filmes selecionados, a curadoria convidou produções que dialogassem com as temáticas, construídas durante o processo de curadoria.

“O desafio do Alagoanes é justamente apresentar gestos que nos façam refletir sobre o fato de que há 100 anos Guilherme Rogato teve seus primeiros filmes exibidos em um cinema. Qual a importância do que foi investido por cada indivíduo alagoano, que reside ou residiu em Alagoas, que dirigiu e produziu um filme reconhecendo o mesmo como alagoano? Ao vislumbrar hoje o catálogo do Alagoar com mais de quinhentos filmes alagoanos, que importância tem e qual importância se dá?”, provoca Larissa Lisboa.

As temáticas nas quais os filmes estão divididos são: Corpocidades, Diversa, Imagem em Ação, Imaginatividades, Insurgências, Inventividades, Isolamento, Memória, Mulheres, Memória do Cinema Alagoano, Personalidades, Terreiros e Toré. Ao acessar cada uma delas, é possível compreender como elas foram estruturadas pela curadoria.

“Convidamos a celebrar, com foco na memória, na formação, na exibição, na presença e na ausência de incentivo, dando visibilidade, e atentos às invisibilidades também, compreendendo que ter o projeto do Festival Alagoanes contemplado no Prêmio Elinaldo Barros, na Aldir Blanc, nos possibilitou construir uma escrita textual, visual, audiovisual e sonora que buscamos alinhar com o centenário, também nos provocando a nos permitindo reverberar a importância do centenário e do que pode ser construído agora”, pontua Karina Liliane.

Imagem ilustrativa da imagem ALAGOANES
| Foto: Gustavo Sarmento

ALAGOAR

O Alagoar (alagoar.com.br) é considerado a maior janela do audiovisual alagoano e mantém um acervo permanente de produções, além de notícias e críticas sobre os lançamentos no estado. O Festival Alagoanes é um desdobramento do projeto, que completa seis anos no dia 30 de março.

O site/projeto surgiu a partir de pesquisa de Bruna Queiroz e Larissa Lisboa, como Trabalho de conclusão de Curso da graduação em Comunicação Social, e saiu do papel pelas mãos de Larissa Lisboa e Amanda Duarte.

“O Alagoar é uma iniciativa independente, voltada à preservação da memória, à difusão e à formação audiovisual, com foco no audiovisual alagoano. Que se empenha em renovar a disponibilização de espaços abertos à colaboração daqueles que desejem mergulhar no audiovisual alagoano e brasileiro, compartilhando informações, impressões, entre outros”, explica Lisboa.

“Entre 2015 e 2020, o Alagoar foi mantido e todas as ações foram realizadas a partir de colaborações voluntárias. Estamos vivenciando esse momento ímpar ao termos dois projetos financiados com recursos federais, Webinário: Cultura e Cinema, que foi realizado em fevereiro (pelo Prêmio Vera Arruda) e o Festival Alagoanes (pelo Prêmio Elinaldo Barros) que estamos realizando agora. O desejo é que o Alagoar siga realizando ações e persista na medida que for possível”, completa a realizadora.

Karina Liliana completa, enfatizando que o Alagoanes se manteve atento à questões latentes, principalmente neste momento pandêmico: “O Alagoar celebra o audiovisual alagoano, resistindo como janela para as obras e para todes que desejem colaborar com o audiovisual em Alagoas há seis anos. Admiramos os trabalhadores do audiovisual alagoano e nos empenhamos em difundir seus trabalhos. Temos consciência de que estamos vivendo um momento profundamente desolador em Alagoas, no Brasil e no mundo. Tememos pela desestruturação social e política, acompanhamos a precariedade de recursos culturais, mas seguimos na esperança de que o fazer artístico pulse mais forte em todos aqueles que se propuserem a dialogar com a arte”.

Imagem ilustrativa da imagem ALAGOANES
| Foto: Divulgação

AÇÕES FORMATIVAS

Além da mostra de produções audiovisuais, a programação do Festival Alagoanes é composta por ações formativas, debates com os realizadores e mesas-redondas. Tudo realizado de forma online. Ao todo, o festival ofertará 6 ações formativas e duas delas já foram realizadas (Curso de Curadoria e Oficina de Crítica de Arte). No momento, as oficinas “Cinema de Guerrilha” e “Devires negros e indígenas no cinema brasileiro e alagoano” estão com inscrições abertas e as fichas de inscrição de cada uma delas podem ser acessadas pelo link na bio do Instagram do Alagoar (@alagoar).

Os debates e mesas ocorrem no formato de lives, por meio do canal Alagoar no YouTube. Por lá, a programação segue, de segunda a sábado, até o encerramento da mostra.

Relacionadas

Brasil fica de fora do 'Nobel' da literatura infantil pela primeira vez em 40 anos imagem

HANS CHRISTIAN ANDERSEN

Brasil fica de fora do 'Nobel' da literatura infantil pela primeira vez em 40 anos

Diteal e Emília Clark fazem seletiva para o projeto Ballet a Serviço da Educação imagem

VINTE VAGAS

Diteal e Emília Clark fazem seletiva para o projeto Ballet a Serviço da Educação

Globo recria cidade de 'Roque Santeiro' para especial de 60 anos da emissora imagem

CENÁRIO

Globo recria cidade de 'Roque Santeiro' para especial de 60 anos da emissora

Encenação da Paixão de Cristo no único teatro ao ar livre de Alagoas é retomada imagem

APÓS CINCO ANOS

Encenação da Paixão de Cristo no único teatro ao ar livre de Alagoas é retomada