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UM LIVRO QUE LI

Projeto da Academia Alagoana de Letras convida acadêmicos e literatos para compartilhar impressões sobre leituras; episódios estão disponíveis no canal da AAL no Youtube

Por THAUANE RODRIGUES* ESTAGIÁRIA | Edição do dia 09/08/2022

Matéria atualizada em 09/08/2022 às 14h12

 

Foto: Reprodução
 

Contando histórias e compartilhando momentos, a Academia Alagoana de Letras (AAL) lançou o projeto ‘Um Livro que Li’, no qual, através de vídeos publicados no YouTube, membros da instituição e convidados falam sobre uma obra literária marcante. A ideia é dar continuidade a um diálogo virtual que começou ainda na pandemia, seguir divulgando literatura e fomentar conversas sobre esse tema. Para conferir os vídeos, basta acessar o canal da AAL na plataforma de vídeos.

O projeto que foi iniciado com o desembargador Paulo Roberto Oliveira Lima falando sobre o livro “As velas ardem até o fim”, um romance escrito por Sándor Márai, teve logo em seguida a obra da escritora alagoana Laís Castro Tenório Lima sendo comentada pelo literato Rosalvo Acioly. Durante as próximas semanas, nas quartas-feiras e domingos, mais 28 dicas de leitura estarão disponíveis.

De acordo com o presidente da AAL, Alberto Rostand Lanverly, o projeto foi pensado com o intuito de levar novas informações sobre literatura para o mundo, de forma lúdica e contando diferentes histórias. A iniciativa tem um tom conversacional, como se um amigo falasse sobre o livro que leu.

“Queremos levar ao público as maravilhas da literatura, incentivar que eles leiam clássicos e os novos autores, além das histórias que estão aí. Nossos projetos têm visibilidade mundial, devido a nossa parceria com a Academia Portuguesa, então, muita gente está sendo beneficiada com o projeto. Eu, por exemplo, trouxe para o público a grandiosidade de Eça de Queiroz, um dos maiores escritores de Portugal, realista, que contava a verdade sobre aquela sociedade”, contou ele.

A museóloga Carmem Lúcia Dantas foi uma das convidadas da Academia Alagoana de Letras e afirma que projetos como esse atraem o público de diversas áreas, aproximando a AAL da comunidade e propagando o conhecimento.

“A AAL tem dinamizado suas atividades e se aproximado mais da comunidade com esse projetos. E o ‘Um Livro que Li’ é um deles. Muito me agrada estar participando, trazendo a indicação de uma leitura”, disse Cármen Lúcia.

Em sua participação, Cármen Lúcia irá compartilhar a leitura da obra do jornalista e escritor Luiz Gutemberg, cujo enredo começa e se desenvolve com o assassinato de uma jovem alagoana no Rio de Janeiro.

Fazendo parte do time dos leitores atentos, Vera Romariz, membro da Academia Alagoana de Letras, trará para o público os aprendizados tidos com o livro ‘A Hora da Estrela’, de Clarice Lispector.

“Este livro me ampliou a consciência de que vivemos em um país desigual e como escritores precisam dar voz aos desiguais. Cada leitor é um universo à parte, porque o bom livro provoca múltiplas leituras. Aristóteles já dizia que o objeto de estudo da literatura é a realidade. Assim, podemos deduzir que, se a realidade é ampla, a arte também é. Por isso, escolhi o último livro de Clarice Lispector”, explicou ela.

“Essa escritora, que revolucionou a prosa brasileira, produziu uma prosa de caráter feminino, contribuindo para que entendêssemos as grandes questões da feminino entre nós. Em “A hora da estrela”, se constrói uma personagem infeliz e modesta , dando-lhe voz em sua galeria de grandes personagens de classe média. Um ato de plasticidade cultural e artística de Clarice, no ocaso de sua vida. Um ato de amor da escritora com a arte de narrar”, completou Vera.

Animado com a nova fase vivenciada pela AAL, Alberto Rostand Lanverly conta que o público tem recebido muito bem o novo projeto e que os planos futuros estão a todo vapor. De acordo com o presidente da Academia Alagoana de Letras, muita coisa boa irá acontecer ainda em 2022.

“Tem muita coisa boa acontecendo e para acontecer! Na próxima sexta-feira teremos o lançamento do Livro “Jequiá”, inaugurando nossa sede. Logo depois, dia 30 de agosto teremos uma palestra sobre a evolução da política brasileira durante esses duzentos anos de independência”, contou ele.

Além disso, a publicação do livro número 26 da AAL, repleto de textos dos membros e alguns convidados, já tem data marcada. O lançamento acontecerá dia 28 de outubro, juntamente com a realização da foto oficial dos membros da Academia Alagoana de Letras, que atualmente encontra-se com 40 sócios.

*Sob supervisão da editoria de Cultura

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