
Contando uma história de amor e relembrando uma paixão esquecida pelos populares, a escritora Isvânia Marques se debruçou na aventura amorosa do casamento de Graciliano Ramos e Maria Augusta de Barros para escrever a obra literária “O primeiro amor de Graci(liano)”. O livro será lançado nesta sexta-feira (18), na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no estande Quilombada.
Natural de Palmeira dos Índios, a ideia de embarcar no enlace amoroso dos dois jovens apaixonados surgiu para Isvânia durante uma feira literária em que participou como palestrante e teve o desafio lançado de escrever sobre o primeiro amor do também escritor alagoano, porém, a pesquisa e escrita só foi iniciada anos depois, durante o período pandêmico.
“O tema era ‘Graciliano em Palmeira dos Índios’, ao final da explanação uma senhorinha lançou-me o desafio de falar sobre a primeira esposa de Graciliano Ramos, que foi ‘esquecida’ pelos livros e pela história, de acordo com ela. A senhorinha ainda me disse que eu devia isso à Maria Augusta, já que sou palmeirense”, contou ela.
Mesmo com poucos recursos para desenvolver a história de Maria Augusta, devido a escassez de material, para a escritora, o livro é um resgate da passagem da vida de dois jovens apaixonados, mostrando para o leitor o amor entre ela e o filho de rico comerciante com um futuro promissor.
Sendo a realização de uma promessa feita para aquela ouvinte de anos atrás, a autora, que se apaixonou pelas obra ‘Graciliânica’ ainda dentro das salas de aula, enquanto exercia o papel de professora, revela que com “O primeiro amor de Graci(liano)” foi possível descobrir que os famosos possuem histórias que nos emocionam e encantam, que mostram suas faces sem medo de esconder as dores.
“Apontaria como maiores destaques deste livro a paixão do jovem Graci, sua responsabilidade para com os negócios de seu pai Sebastião, seu amor e vida simples com Maria Augusta e, na viuvez, o experimento da dor da solidão, da perda… O leitor - assim como eu - vai se deparar com um Graciliano jovem, instruído, sonhador, filho amoroso e, simplesmente (ou mais do que tudo), humano!”, disse ela.
Realizada por estar com sua obra exposta e sendo lançada na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, Isvânia Marques afirma que as expectativas estão altas, pois o novo livro retrata de um aspecto pouco conhecido da vida de Graciliano Ramos, dando ênfase às décadas de 1910, 1920 e 1930. A autora ainda ressalta que depositou em sua obra um novo olhar e que espera que ele possa ser enxergado pelos admiradores do ícone alagoano.
“A Bienal é um espaço onde autor, leitor e livros se encontram. Agradecida a Deus e a todos pelos encontros e reencontros; abraços e celebração das possibilidades literárias que renascem na troca-troca de livros com os amigos escritores, na emoção renovada do autógrafo do novo ou antigo leitor, da foto improvisada ou ensaiada. Eu me renovo a cada encontro”.
Além da obra “O primeiro amor de Graci(liano)”, a escritora também é responsável pelos livros “Graci(liano): o menino que se fez homem” e “Para ti, Graci(liano). O novo livro e outras obras de Isvânia Marques estão disponíveis para venda nos estandes da Academia de Letras de Alagoas, da Eduneal, da Biblioteca Pública Estadual e Quilombada.
A BIENAL
A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas ocorre no Centro de Convenções Ruth Cardoso, em Jaraguá. O evento é uma correalização da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Governo de Alagoas, com patrocínio do Sebrae e apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes).
Sob a coordenação da professora Sheila Maluf, o evento tem ainda apoio da Natura e do Instituto Natura, Hotel Ponta Verde, Empresa Júnior de Arquitetura e Engenharia Civil (Ejec) e outras instituições.
A expectativa da organização do evento é receber um público estimado de 400 mil visitantes durante os 10 dias de duração.
*Sob supervisão da editoria de Cultura