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Cidades

CASOS DE DENGUE EM AL CAEM EM JANEIRO

Segundo a Sesau, casos de dengue tiveram queda de 69% em janeiro, na comparação como mesmo mês de 2019

Por thiago gomes | Edição do dia 13/02/2020

Matéria atualizada em 13/02/2020 às 06h00

| Claudemir Araújo

O número de casos confirmados de arboviroses caiu neste começo do ano em Alagoas e nenhum óbito relacionado aconteceu. As notificações de dengue, por exemplo, tiveram queda de 69% no mês de janeiro de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. Neste período, os registros reduziram de 272 para 83. Quanto ao zika, a diminuição foi ainda maior. Em 2019, foram notificados 12 casos do vírus contra dois em janeiro passado, sendo 83,3% a menos no comparativo. Nenhuma infecção por febre chikungunya foi registrada no começo deste ano, contra 15, em 2019. Entretanto, Alagoas está entre os estados com risco elevado de enfrentar um novo surto de dengue a partir de março de 2020. O alerta foi emitido em janeiro pelo Ministério da Saúde e serve para toda a região Nordeste, além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No ano passado, os casos da doença aumentaram em 510% no Estado. De acordo com o Sinan/MS, os registros de dengue dispararam de 2.120, em 2018, para 12.936, em 2019. De 134, os de zika pularam para 305, enquanto a chikungunya cresceu de 207 para 1.360. Somente em Maceió, foram registrados 4.725 casos de dengue no ano passado, dos quais 4.486 estão confirmados, 233 foram descartados e os demais permanecem sendo investigados. O supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, explicou que a redução do número de casos no primeiro mês do ano pode ser várias explicações. Uma delas é o nível baixo de infestação do inseto vetor destas arboviroses, o Aedes aegypti, em alguns municípios alagoanos. É o que as autoridades em saúde chamam de infestação sustentável. Outro fator seria a circulação do tipo de vírus em que boa parte da população já esteja imunizada. O especialista diz que, nesta situação, as pessoas já foram expostas à doença e, por isso, possuem anticorpos que inibem a manifestação dos sintomas novamente. “As arboviroses são sazonais. Há períodos de picos e de baixas no número de casos. A maior preocupação é com o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti. Os municípios, portanto, precisam estar sensíveis para identificar casos suspeitos de arboviroses e fazerem as devidas notificações para o nosso controle”, destaca Protásio. Ele acrescenta que a Sesau continua monitorando, cooperando e alertando as prefeituras quanto à infestação do vetor. E alerta que a chegada do período chuvoso é motivo de preocupação. “As chuvas recentes aliadas às altas temperaturas podem elevar o número de notificações das arboviroses. A participação e o comprometimento da população com as medidas preventivas são decisivas e imprescindíveis para evitar os surtos”. O Brasil registrou 1.544.987 casos de dengue no ano passado, com 782 mortes, segundo dados da pasta, um aumento de 488% em relação a 2018, um ano considerado atípico pelo Ministério. A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió informou que está atuando diariamente no sentido de desenvolver ações para o controle do vetor e visando a conscientização da população. O órgão garantiu que os trabalhos alcançam todos os bairros da capital, especialmente os que apresentam índices mais elevados de notificações.

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