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Cidades

PSICOPEDAGOGA DÁ DICAS SOBRE USO DE CELULAR POR ADOLESCENTES

Para especialistas, utilização exagerada do aparelho pode dificultar o aprendizado

Por william makaisy | Edição do dia 19/02/2020

Matéria atualizada em 19/02/2020 às 06h00

Maceió, 18 de fevereiro de 2020  
Estima-se que 80% dos pais não sabem o que os filhos acessam na internet. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
Maceió, 18 de fevereiro de 2020 Estima-se que 80% dos pais não sabem o que os filhos acessam na internet. Alagoas - Brasil. Foto: ©Ailton Cruz | © Ailton Cruz

Com o avanço tecnológico do século XXI os jovens começaram a cada vez mais utilizar os smartphones para todas as atividades do dia a dia, porém, esse uso acaba muitas vezes não sendo benéfico para os adolescentes, que esquecem o ‘mundo real’ e começam a viver em função do celular e das mídias sociais, tendo sua rotina, sua vida social e seus estudos prejudicados. De acordo com Patrícia Araújo, psicopedagoga, os smartphones se tornaram peça fundamental para o aprendizado dos jovens do século XXI, mas precisam ser mediados para não acabar tendo um efeito contrário. “O smartphone tornou- se uma peça fundamental no processo ensino e aprendizagem dos adolescentes do século XXI. No entanto, eles são imersos num universo tecnológico de fácil acesso, interativo e veloz, onde o aprender torna-se algo fácil e rápido, mas precisamos deixar claro que o ensino híbrido, precisa da mediação”, contou a psicopedagoga. “As práticas pedagógicas utilizadas necessitam de algumas inovações para que esses jovens se sintam motivados e curiosos para aprender, e assim as metodologias ativas sejam incutidas nos planos de aulas”, disse Patrícia Araújo. A psicopedagoga reforça ainda a importância de uma atenção redobrada dos pais para o uso exagerado de aparatos tecnológicas por parte dos filhos. “A tecnologia acaba por unir quem está longe mas afasta quem está perto. Os pais precisam ficar atentos ao isolamento social dos seus filhos por conta do uso exagerado do celular. O adoecimento mental está acometendo muitos jovens, com isso eles estão ficando muito tempo em seus quartos”, explicou.

Pensando em como auxiliar os pais nessa mediação do uso do celular, a psicopedagoga lembrou que existem algumas dicas que podem servir para esses momentos. “Os pais devem assumir papel fundamental, orientando, acompanhando e dando limites (tempo estabelecido e combinado) para que os jovens construa a consciência do tempo de uso da tecnologia”, contou.

“Existem algumas dicas que podem ajudar os pais para que lidem melhor com esse tipo de situação, são elas: conversar com seus filhos sobre a vida - um diálogo esclarecedor e sem filtros. Escutar mais e falar menos, promover momento especiais em família, estimular a prática de algum esporte. E claro, a dica mais importante, estipular horários para o uso do celular”, afirmou Patrícia Araújo.

PAIS

E as dicas da psicopedagoga já são aplicadas pelos pais de adolescente, que já usam do diálogo a forma principal para mediar o uso do celular de seus filhos, como conta Martha Kristina. “Hoje já na idade da minha filha não adianta muito essa questão de proibição, acho que isso não costuma muito funcionar. O que os pais devem fazer é conversar. O diálogo é a base para tudo. Senta, explica que o uso exagerado do celular não vai fazer bem, que vai atrapalhar os estudos e o convívio social, isso funciona”, disse. “Eu experimentei fazer um teste com minha filha, pedi para ele fazer a mesma atividade só que uma vez utilizando o celular e outra sem ele, e ela mesma percebeu a diferença. Enquanto com o uso do celular ela não conseguia nem se concentrar e levou 3 horas para terminar, sem utilizar o aparelho ela conseguiu fazer o que eu pedi em menos tempo e de forma mais efetiva”, relatou Martha Kristina.

* Sob supervisão da editoria de Cidades.

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