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Cidades

VIGILÂNCIA SANITÁRIA ALERTA PARA CONSUMO DE PRODUTOS CLANDESTINOS

Durante o período carnavalesco, médicos-veterinários reforçam fiscalização sobre venda de produtos de origem animal

Por Clariza Santos | Edição do dia 20/02/2020

Matéria atualizada em 20/02/2020 às 06h00

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Muita gente, durante os dias de folia do carnaval, esquece de verificar a qualidade dos alimentos. E não tem escapatória, quem se diverte ou trabalha acaba consumindo produtos e bebidas clandestinos na rua, o que pode ser a porta de entrada para doenças transmitidas dos animais aos homens, as chamadas zoonoses, como tuberculose e brucelose, além de outras enfermidades. Em Maceió, os médicos-veterinários das Vigilâncias Sanitárias (Visa) iniciaram as ações de inspeção, na semana passada, durante o Jaraguá Folia, no tradicional bloco do Pinto da Madrugada, nas Pecinhas e no Vulcão. A ação também segue para os dias da festa de Momo, quando os profissionais vão trabalhar em oito polos da prefeitura, junto aos ambulantes, por meio de inspeções. Eles vão verificar questões como acondicionamento, manipulação dos alimentos, higiene pessoal dos vendedores e condições de utensílios e caixas térmicas. Essas ações, conforme as informações da assessoria de comunicação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que foram enviadas à Gazeta, visam garantir a segurança alimentar da população. “Os médicos-veterinários das Vigilâncias Sanitárias (Visa) reforçam, nesta época, a fiscalização do comércio de produtos de origem animal, como carne, queijos, ovos, peixes e mariscos. O objetivo é prevenir a venda e o consumo de alimentos sem adequações sanitárias, que ofereçam riscos à saúde pública e transmitam doenças”, informa a nota. O informe do Conselho Federal também aponta que, na hora de comprar esses produtos, “o ideal é conferir as condições de higienização, embalagem e refrigeração do produto, além de verificar se nos rótulos há o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos municípios (SIM) ou estados (SIE). É importante também prestar atenção se existe um funcionário exclusivo para manusear dinheiro, para não haver a contaminação cruzada”. A médica-veterinária Aline Pinheiro Borges, integrante da Comissão Nacional de Tecnologia e Higiene Alimentar do Conselho Federal de Medicina Veterinária (Contha/CFMV), afirma que todo produto de origem animal deve ser registrado nos órgãos de agricultura federal, estadual ou municipal. “Quando não há registro, ele certamente vem de um estabelecimento clandestino, onde não há qualquer controle de qualidade, programa de autocontrole e presença de um responsável técnico médico-veterinário. É um risco ao consumidor”, salienta Aline Pinheiro Borges. A melhor opção, ainda conforme Aline, “é evitar o consumo desses alimentos quando manipulados por ambulantes, pois normalmente a conservação não é feita sob temperatura adequada e não há água para higienização das mãos antes e após a manipulação. Quando já preparados previamente, não tem como ter a rastreabilidade do produto e não há como saber quem é o fornecedor”.

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