Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
Cidades

RECUPERADOS DA COVID-19 PEDEM ‘MAIS AMOR AO PRÓXIMO’

Pacientes ressaltam que é preciso seguir as orientações médicas para não contaminar os outros

Por Clariza Santos | Edição do dia 04/07/2020

Matéria atualizada em 04/07/2020 às 06h00

A artesã Ana Rosa de Oliveira e Silva Barbosa, 49 anos, moradora do bairro da Ponta Verde, em Maceió, foi diagnosticada com a Covid-19 no dia das mães, no segundo domingo de maio. Curada, após ter ficado 26 dias em total isolamento, sendo 12 dias internada na Santa Casa de Maceió e mais 14 dias de quarentena em casa. “Comecei a sentir todos os sintomas no dia 3 de maio. Na quinta-feira, dia 5, eu já estava com muita dor de cabeça, arrepio e olhos ardendo. Fui ao médico e ele disse que não podia ser por causa da quantidade de dias que eu já estava doente. Só que no domingo, dia das mães, retornei para o hospital e já fiquei internada”, disse Ana Durante o tratamento, onde ficou internada por 12 dias, a equipe médica fez todos os exames [de coração, sangue, Covid] e o tratamento é medicamentoso. Ao fazer os exames, Ana Rosa relata que o exame renal apresentou uma taxa altíssima. “Eu não tive medo de morrer. Acho que eu teria medo se tivesse tido cansaço ou precisasse de oxigênio. Meu medo era em relação a minha mãe, que teve na mesma época, porque ela estava sozinha em casa se recuperando dessa doença. Meu medo era em relação a minha mãe”, revelou Ana Rosa. Anteriormente, a artesã conta que já teve uma embolia pulmonar e, por isso, não usaram hidroxicloroquina. Além dos medicamentos, ela relata que a alimentação com bastante líquido a ajudaram. “Eu tomava quatro litros de água. Nem todo mundo precisa se tratar com a cloroquina para ficar curado. Esse tratamento específico é bem relativo, vai de médico para médico”. Após 12 dias internada, ela relata que ao receber alta, o médico indicou o isolamento total por mais 14 dias. “Após cumprir os dias, eu já estaria curada, nem pegava e nem transmitia. Apesar que o médico frisou que, nos estudos, você não tem uma certeza de que você está imune para o resto da vida”. Depois de enfrentar a Covid-19, Ana diz que coleciona lições. “A primeira lição que tirei foi abrir os olhos e agradecer pela vida. Nosso ar é tão importante e as pessoas nem agradecem por ele, agradece por comprar um carro, agradece por comprar uma casa, mas esquece de agradecer a Deus pelo ar que respiramos”.

Cinco dias depois do diagnostico de Ana Rosa, a mãe dela, a idosa Rosa de Oliveira e Silva, de 70 anos, também testou positivo. “A principio, eu fiquei com muito medo. Eu dormia muito. Contei com o apoio do meu irmão, que é médico e também teve Covid, que me assistia. Fiquei com muito temor. Uma neta também me ajudou, amigos me ajudaram e eu fui criando um pouco de confiança”.

Sozinha, aos 70 anos, Rosa de Oliveira disse que chegou a sentir temor. “Fiquei sozinha indo para hospital sozinha, mas, graças a Deus, quando cheguei em casa minhas amigas já tinham enviado os medicamentos”. Rosa de Oliveira, enquanto a filha Ana estava no hospital, fez todo tratamento em casa. O funcionário público Júlio César dos Santos, de 28 anos, relata que apresentou tosse seca, dor de cabeça e febre. “Ao sentir os primeiros sintomas, atestei: estou com Covid-19. Risos. Já tinha começado Azitromicina antes dos sintomas, após a confirmação, através de um médico infectologista, amigo da família me prescreveu dois medicamentos”. Durante 10 dias, o servidor público fez este tratamento em casa e, após 15 dias, retornou ao médico. “Depois de fazer os exames clínicos estava, 100% curado. Em casa estávamos eu e minha esposa que não foi infectada. Graças a Deus”.

Leia mais na página A12

Mais matérias desta edição