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Cidades

DEFESA CIVIL COMEÇA A DEMOLIR PRÉDIOS COLAPSADOS NO PINHEIRO

Medida foi adotada por causa da evolução do risco de tombamento das construções

Por william makaisy | Edição do dia 07/07/2020

Matéria atualizada em 07/07/2020 às 09h00

Maceió, 06 de julho de 2020
Demolição dos blocos 10, 14, 16 e 17, do Conjunto Habitacional Jardim Acácia, localizados no bairro do Pinheiro em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
Maceió, 06 de julho de 2020 Demolição dos blocos 10, 14, 16 e 17, do Conjunto Habitacional Jardim Acácia, localizados no bairro do Pinheiro em Maceió. Alagoas - Brasil. Foto: ©Ailton Cruz | © Ailton Cruz

Nessa segunda-feira (6), teve início mais uma ação de demolição de blocos do Conjunto Habitacional Jardim Acácia, localizados no bairro do Pinheiro, afetado pela mineração da empresa Braskem. A medida foi adotada devido a evolução do processo de subsidência na região e o aumento do risco de tombamento das estruturas, que traria risco à população. Serão demolidos os blocos 10, 14, 16 e 17, todos localizados em área já interditada pela empresa Braskem através de Termo de Cooperação Técnica. A demolição será realizada por meio do Termo de Cooperação Técnica 3, que foi firmado entre a mineradora Braskem e a Prefeitura de Maceió. O termo estabelece a mútua cooperação em busca de soluções para os problemas enfrentados nos bairros afetados pela instabilidade de solo provocada pela atividade de mineração, segundo relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O serviço será executado por empresa de engenharia contratada pela Braskem, mediante solicitação expressa da Defesa Civil Municipal. A ação foi solicitada pela Defesa Civil municipal após ser constatado, através de monitoramento, que o prédio apresentava risco à população, segundo Arthur Rodas, diretor de planejamento e redução de risco da Defesa Civil Municipal. “A Defesa Civil trabalha com protocolos de ações, que são iniciados após avaliação do nosso monitoramento, que vai in loco e verifica se o prédio está com fissuramentos severos e então solicita ação da inspeção predial, e após ela determinar que o prédio oferece riscos, nós provemos a ação de demolição”, disse o diretor de planejamento. “A Defesa Civil age justamente para reduzir esses riscos para a população. Solicitamos a demolição já pensando nos passantes do bairro e também nos prédios que estão ao redor da área afetada. Então, para evitar que haja mais riscos para os moradores do bairro, solicitamos essa demolição”, pontuou Rodas.

MORADORES

Arthur Rodas frisou ainda que, a Defesa Civil tomou cuidados com relação aos moradores, para que sejam melhor acompanhados. “Entramos em contato com todos os moradores, através de grupos de WhatsApp. Além, claro, de termos realizados encontros com os líderes comunitários, para que tivéssemos várias reuniões com a Braskem antes de realizar a demolição. Mantivemos um contato constante antes de iniciar tudo”, informou Arthur Rodas.

De acordo a Braskem, todos os moradores ou proprietários dos 96 apartamentos localizados nos quatro blocos que serão demolidos foram identificados pela equipe de técnicos sociais da empresa e se encontram em atendimento no Programa de Compensação Financeira.

Até a última sexta-feira (3), 101 (entre inquilinos e proprietários) estavam em atendimento, sendo 91 deles com reuniões de ingresso já realizadas, sete com propostas apresentadas e três delas aceita. Aqueles moradores que ainda não foram contatados podem ligar para o número 0800 006 029.Segundo o cronograma, as demolições acontecem de forma gradual. A primeira foi na segunda-feira (6), pelo bloco 14, a segunda, na quinta-feira (9), com a demolição do bloco 16, seguindo no dia 13/07 com a demolição do bloco 17 e no dia 15/07 com a demolição do bloco 10. A previsão de conclusão do cronograma, com a limpeza da área e retirada do isolamento, é para o dia 7 de setembro.

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