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Cidades

BUTANTAN: VACINA PODE GARANTIR 97% DE IMUNIDADE

Vacina chinesa contra o coronavírus está na terceira e última fase de testes

Por Da Redação | Edição do dia 25/08/2020

Matéria atualizada em 25/08/2020 às 06h00

| Divulgação

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, pode garantir mais de 90% de imunidade contra a Covid-19. “Com duas doses poderemos ter proteção superior a 97% e isso é fundamental para quebrar a cadeia da transmissão do coronavírus”, afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan. Covas ainda explicou que o medicamento chamado CoronaVac será aplicado em duas doses, com diferença de 14 dias. O tempo de duração da imunidade ainda não foi determinado. O medicamento está na terceira e última fase de testes no Brasil, em mais de mil profissionais da saúde, que estão na linha de frente de combate à doença. O governo estima que estado terá 45 milhões de doses disponíveis em dezembro. Além da CoronaVac, outros três imunizantes estão em fase de teste avançado no país. A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, a Ad26.COV2.S da Johnson & Johnson e a do laboratório norte-americano Pfizer em parceria com a Biontech.

PRESSÃO

Farmacêuticas e médicos buscam na crise do coronavírus uma forma de fazer pressão para que ritos “acelerados” adotados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para autorização de pesquisas de potenciais vacinas e remédios sejam mantidos após a pandemia. Dados de relatório da agência mostram que, em 2019, o tempo médio de análise de diferentes dossiês para estudos clínicos com medicamentos –quando são feitas pesquisas em humanos– variou de cerca de três a seis meses, para pedidos prioritários, a sete a nove meses, para aval a estudos iniciais que incluíam remédios mais complexos.

Os números contrastam com o prazo atual para análise de novos pedidos de testes de potenciais vacinas e medicamentos para Covid-19, os quais têm recebido, em média, aval em até 72h após a submissão.

Para Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarma, que reúne indústrias farmacêuticas, a Anvisa demonstrou na pandemia que tem condições de avaliar pedidos de autorização de estudos clínicos de forma rápida. “A média de [tempo de análise para] pesquisa clínica no Brasil é muito ruim perto de outros países. Os Estados Unidos aprovam em 30 a 60 dias enquanto no Brasil demora seis a sete meses” diz. “É uma burocracia que na maioria dos casos é desnecessária.”

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