Em Alagoas, de acordo com dados oficiais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), 279 pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV no primeiro semestre de 2020. No ano passado, a Sesau confirmou 839 novos casos do vírus. Outras 109 pessoas receberam o diagnóstico da Aids este ano e, em 2019, foram 338 pessoas com o diagnóstico da doença. Na maioria dos casos, homens e jovens de 20 a 29 anos. O monitoramento desses casos é realizado pela Sesau, por meio do Sistema Nacional de Notificações. (Sinan). No total, desde o primeiro caso em 1986, ainda conforme os dados, foram diagnosticadas 4.820 pessoas com HIV, 5.250 com Aids e 1.588 óbitos da doença. "O paciente com Aids nem sempre é notificado antes com HIV, vai depender do período do diagnóstico. Se foi diagnostico tardio já e notificado com Aids", disse Sheila dos Anjos, coordenadora do Programa de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). A coordenadora alerta para o fato da doença não ter cura, mas, há tratamento e a pessoa pode ter uma vida saudável. Como também, a pessoa pode ser portador do HIV e não ter desenvolvido a Aids, síndrome que deixa o organismo com as defesas tão baixas que "abre portas" para outras doenças oportunistas, como a exemplo de tuberculose. No entanto, ainda conforme a Sesau, mesmo sem apresentar nenhum sintoma, a pessoa portadora do vírus pode transmiti-lo a outras pessoas. A prevenção combinada, segundo especialistas, envolve desde o uso do preservativo, até a realização do teste rápido para HIV, sífilis e hepatite B e C (visto que outras IST são porta de entrada para o HIV), realização da profilaxia pós-exposição sexual (PEP), não compartilhamento de seringas por usuários de drogas injetáveis e tratamento como prevenção. A partir de 12 anos de idade, a depender da avaliação do profissional que fará o atendimento, já pode fazer o teste. Caso o diagnóstico seja reagente para HIV/Aids, o tratamento com os antirretrovirais para não desenvolver a Aids, é iniciado. Após o diagnóstico, o soropositivo conta com as unidades de saúde e orientações dos profissionais, mas existem também os grupos de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, que se reúnem mensalmente. Em Maceió, as pessoas recebem atendimento no Ambulatório do Hospital Hélvio Auto, Hospital Universitário, Bloco I do PAM Salgadinho; e nos municípios de Arapiraca e Palmeira dos Índios, que atendem os residentes.