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Cidades

ONDA DE COVID DA EUROPA PODE CHEGAR AO NE

Comitê Científico alerta que viajantes podem disseminar o vírus e provocar uma nova onda

Por luan oliveira | Edição do dia 29/10/2020

Matéria atualizada em 29/10/2020 às 04h00

Maceió, 21 de julho de 2020 
Turistas curtem dia de sol nas praias e na Feirinha do artesanato de Maceió após reabertura. Alagoas - Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz
Maceió, 21 de julho de 2020 Turistas curtem dia de sol nas praias e na Feirinha do artesanato de Maceió após reabertura. Alagoas - Brasil. Foto: ©Ailton Cruz | © Ailton Cruz

Não há um cenário onde uma segunda onda de Covid-19 no nordeste seja descartada, segundo relatório do Comitê Científico do Consórcio Nordeste divulgado no último dia 21. Com uma economia dependente do turismo e uma segunda onda do vírus assolando a Europa, o documento pontua que viajantes podem trazer o vírus, até mesmo em cepas antes inexistentes no país. A avaliação geral do estado dada pelo documento é de “tendência de queda” da transmissão do vírus. O risco epidêmico foi classificado como “em decaimento” e o número de óbitos com uma “tendência de estabilização”. A realidade, segundo o boletim, pode mudar caso a situação da Europa não seja levada em consideração.

Entre as recomendações do grupo está o reforço da segurança sanitária em aeroportos e a exigência de um atestado da ausência do vírus no organismo antes da entrada do país. Em caso da não entrega do certificado, os cientistas recomendam uma quarentena de 14 dias para o turista.

Mas o turismo não é a única preocupação do comitê, que aponta também um aumento nos casos de aglomeração nos estados. “[As eleições] têm gerado inúmeras aglomerações em todos locais, onde pessoas desprezam todas as normas sanitárias indicadas pela Organização Mundial de Saúde e outras consideram que o uso de máscara é segurança total contra a transmissão da Covid-19”, diz o boletim. “As máscaras constituem barreiras para a transmissão virótica; entretanto, o distanciamento entre pessoas é fundamental”, alerta o consórcio. A volta as aulas também é considerada um “grave erro” pelo comitê. “crianças têm alta probabilidade de serem infectadas e são potenciais transmissores da Covid-19 mesmo que não apresentem sintomas“, pontua. O documento alerta que vários municípios de Alagoas apresentam risco epidêmico de moderado a alto, apesar do panorama geral do estado seja de um decréscimo na epidemia. Um aumento no número de casos do vírus foi registrado pelo grupo no dia 7 de setembro, quando houve uma reabertura do turismo. “Foi noticiada aglomeração em todo o litoral alagoano, mas encontra-se atualmente em queda”, diz.

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