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PANDEMIA FAZ CONSUMO DE LIMÃO E LARANJA TER ALTA NOS SUPERMERCADOS

Gestores falam em aumento de até 50% no consumo de itens alimentícios entre maio e julho

Por Pâmela de Oliveira | Edição do dia 24/11/2020

Matéria atualizada em 24/11/2020 às 04h00

Supermercados de Maceió registra aumento no consumo de produtos da cesta básica
Supermercados de Maceió registra aumento no consumo de produtos da cesta básica | © Ailton Cruz

Nos meses mais críticos da pandemia da Covid-19, houve uma verdadeira correria dos consumidores à supermercados na busca dos itens da cesta básica para que fossem armazenados durante o período de isolamento social. Gestores de supermercados da capital alagoana falam em um aumento de até 50% no consumo de itens alimentícios entre os meses de maio e julho, entre eles limão, laranja e produtos para restrições alimentares estão entre os mais procurados. A proprietária de uma rede de varejo situada na parte alta de Maceió, Jenilza Barros, afirma que não há dúvidas quanto ao aumento no consumo de produtos alimentícios durante o período da pandemia, mas que isto ficou restrito aos primeiros meses de isolamento social. Ela diz, ainda, que a laranja e o limão foram os campeões de procura. “O aumento no consumo no setor alimentício foi muito expressivo entre os meses de abril e julho, chegamos a registrar aumento de até 50%, mas a partir de agosto este número se normalizou, devido a reabertura das lojas. Os itens de cesta básica foram muito procurados, mas o limão e a laranja tiveram uma procura muito grande, acho que por conta da Vitamina C que o pessoal associa na melhora dos sintomas de gripe”, contou. A alta na procura por eletrodomésticos também é um indicativo de que os consumidores passaram a cozinhar mais em casa durante a quarentena. O aumento é consenso entre os gestores de supermercado. À reportagem, Jenilza afirmou que o espremedor de laranja vendido no supermercado chegou a faltar em estoque devido a alta procura pelo eletrodoméstico. Alissandro Melo, gerente de supermercado, disse que o estabelecimento em que trabalha também registrou aumento na venda de eletrodomésticos. Ele diz, ainda, que produtos para restrições alimentares foram os tiveram maior crescimento nas vendas do estabelecimento. “Tivemos um acréscimo em todos os segmentos de cerca de 23%, principalmente no alimentício e no setor de eletrodomésticos durante a pandemia. O consumo passou a ser entre a família, então percebemos essa crescente neste tipo de consumo. Alguns segmentos se destacaram, como aqueles de linha orgânica, veganos, diet, zero lactose, zero glúten, por exemplo, esses tiveram um grande crescimento no consumo durante a pandemia” contou, Alissandro. Para a nutricionista Yasmin Caroline, este aumento na procura por esses alimentos era esperado devido ao momento crítico causado pela pandemia de Covid-19. “Nos momentos mais críticos ficou a critério de compras de alimentos mais essenciais, como citados. Arroz e feijão são alimentos no qual não se pode faltar no cardápio do brasileiro. Devido a isso, mais por questão de necessidade e essencialidade houve, de fato, seu aumento. Em relação às frutas, principalmente essas que contém vitamina C que é um nutriente essencial para diversas funções do organismo.” disse. Quanto ao aumento na procura por produtos ligados à dietas de pessoas que possuem restrições alimentares, a nutricionista faz um alerta. Ela afirma que é preciso ter cuidado às necessidades de cada pessoa com relação à dietas.

“Muita pessoas aderem à dietas mais radicais, que nem sempre são eficazes para si, pois cada dieta é individual. Por acreditarem que a restrição, por ser melhor para alguns (aqueles no qual realmente precisam restringir) também serão para eles. Porém, para cultivar bons hábitos alimentares necessariamente não precisa cortar alimentos no qual não o fazem mal. A dieta que serve para uma pessoa, não serve para outra. Por isso a importância de sempre procurar quem realmente entende, ou seja, um nutricionista.”, concluiu Yasmin.

* Sob supervisão da editoria de Economia.

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