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IMUNIZANTE DE OXFORD ALCANÇA ATÉ 90% DE EFICÁCIA

A vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford (Reino Unido) produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca atingiu eficácia de até 90%, segundo análise dos resultados preliminares de ensaio clínico de fase 3. O anúncio foi feito pelo laborat

Por Folhapress | Edição do dia 24/11/2020

Matéria atualizada em 24/11/2020 às 04h00

| Agência Brasil

A vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford (Reino Unido) produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca atingiu eficácia de até 90%, segundo análise dos resultados preliminares de ensaio clínico de fase 3. O anúncio foi feito pelo laboratório nesta segunda-feira (23). Um comitê externo avaliou os dados, após serem confirmados 131 casos de Covid-19 em um universo de 23.272 participantes. Os resultados ainda são parciais e não correspondem à conclusão do ensaio clínico, mas a análise interina, feita quando há um número suficiente de casos da doença em um dos braços do estudo -de intervenção ou que recebeu placebo-, apontou uma eficácia elevada da vacina em proteger contra a Covid-19. Os participantes foram divididos em dois grupos que receberam dosagens diferentes. No primeiro grupo, foi aplicada uma dose inicial mais baixa do imunizante (correspondendo à metade da dose total), seguida por uma segunda dose completa 30 dias depois. Nestes participantes, a eficácia atingida foi de quase 90%. O segundo grupo recebeu as duas doses completas, com 30 dias de diferença, e a eficácia encontrada foi de apenas 62%. No agregado dos dados dos dois estudos, a eficácia média da vacina foi de 70%. Com os dados em mãos, os avaliadores afirmaram que a vacina atingiu o seu desfecho inicial primário, que era proteger contra a doença causada pelo novo coronavírus após 14 dias ou mais da aplicação da dose reforço. Além dos dados sobre eficácia, nenhum efeito adverso sério foi reportado, apontando para uma boa segurança e tolerância da vacina. Também não foram reportadas hospitalizações ou quadros graves da doença entre os pacientes imunizados. “A eficácia e a segurança desta vacina confirmam que ela será altamente eficaz contra a Covid-19 e terá um impacto imediato na emergência de saúde pública”, disse em comunicado Pascal Soriot, presidente da AstraZeneca. Na última quinta-feira (19), foram publicados resultados da fase combinada 2/3 de ensaio clínico, conduzidas no Reino Unido, na revista científica The Lancet, indicando que a vacina tem uma boa capacidade de gerar resposta imune, inclusive em adultos com mais de 70 anos. Os dados mais recentes da vacina da Oxford indicam uma eficácia menor que a de outras vacinas concorrentes. Não há informações também, ainda, se a vacina previne a infecção do Sars-CoV-2, ou só protege contra o desenvolvimento da doença. A AstraZeneca anunciou que irá entrar com o pedido de aprovação emergencial ou condicional para as agências regulatórias em todos os países onde desenvolve seus testes clínicos imediatamente. A farmacêutica deve ainda buscar um pedido de uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visando acelerar os trâmites para disponibilizar a vacina em países de baixa renda.

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