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Cidades

FAMILIARES DE PRESOS AINDA ESPERAM RETORNO DAS VISITAS

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, no mês de março, as visitas no presídio de Alagoas estão suspensas. O Estado foi um dos primeiros do Brasil a proibir a entrada de familiares para evitar o contágio dentro das unidades prisionais. A assessor

Por tatianne lopes | Edição do dia 24/11/2020

Matéria atualizada em 24/11/2020 às 04h00

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, no mês de março, as visitas no presídio de Alagoas estão suspensas. O Estado foi um dos primeiros do Brasil a proibir a entrada de familiares para evitar o contágio dentro das unidades prisionais. A assessoria da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) informou que a expectativa é que as visitas sejam retomadas, de forma gradual, no início de dezembro. Enquanto isso, familiares sofrem por estarem longe de seus entes queridos. A Seris disse que já preparou um calendário de visitas, que deve ser divulgado nos próximos dias. Enquanto isso, os policiais penais paralisaram alguns serviços, como a entrega de feira, por exemplo, para pressionar o governo a pagar a bolsa-qualificação no valor de R$ 505. Uma reunião entre a Seris e a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) está marcada para ocorrer nesta terça-feira (24) para tratar do assunto.

Na outra ponta da situação estão os familiares dos presos, que aguardam, ansiosamente, o retorno das visitas.

“A entrada das feiras está proibida, não podemos entrar para ver nossos parentes. É angustiante porque não aguentamos mais essa distância. São quase nove meses sem notícias, sem visitas. Antes era a pandemia, agora é uma questão pessoal entre o governo e os policiais penais. E a gente fica nessa situação. É muito doloroso. Várias mães estão entrando em depressão, muitas esposas. A gente tenta sobreviver a cada dia, mas estamos sufocando”, lamenta Jackeline, que tem o esposo no sistema prisional. A dona de casa disse que todos foram pegos de surpresa com a nova paralisação. “Não nos informaram nada, simplesmente pararam. Nos disseram que os serviços só retornam quando for recebida a questão da bolsa-qualificação com o governo”, expôs. A assessoria da Seris disse que, na semana passada, gestores da Seris se reuniram com familiares dos reeducandos para explicar a situação. Disse também que aguarda a reunião para divulgar o calendário da retomada gradativa das visitas.

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