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Cidades

CAMPANHA ALERTA PARA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Todos os anos, cerca de 16 mil brasileiras são diagnosticadas com a doença

Por Lívia Tenório | Edição do dia 22/01/2021

Matéria atualizada em 22/01/2021 às 04h00

| : Divulgação

A campanha Janeiro Verde vem com o intuito de promover a conscientização e a prevenção do câncer de colo de útero, doença que está diretamente ligada a contaminação pelo vírus HPV. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, só no Brasil, a doença atinge mais de 16 mil mulheres anualmente. Em Alagoas, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), não é possível se saber o número exato de óbitos decorrentes do vírus HPV. “A doença não é de notificação compulsória, segundo o Ministério da Saúde”, informa. Após o contágio com o vírus, ao menos 5% das mulheres irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, de acordo com o ministério. Percentual preocupa especialistas.

A doença em seu estágio inicial é assintomática, os sintomas tendem a se tornar perceptíveis quando o tumor tornar-se invasivo e passa a agredir os tecidos próximos. Quando isso ocorre, os sintomas mais comuns são: sangramento vaginal anormal, dor durante a relação sexual, dor na região pélvica e secreção vaginal incomum, com um pouco de sangue.

Homens podem ter infecção por HPV sem apresentar sinais visíveis, como lesões no pênis, por exemplo. Isso pode fazer com que eles, mesmo sem saber, transmitam para suas parceiras. Para se prevenir do vírus, os cuidados são o uso de preservativos, para homens e mulheres, exames periódicos, como o papanicolau e biópsias, e a aplicação da vacina contra o HPV. A vacina está disponível no SUS para meninas de 9 a14 anos e meninos de 11 a14 anos. É uma vacina quadrivalente, ou seja, protege contra os 4 tipos de vírus HPV mais comuns no Brasil. A Sesau fez um alerta sobre a baixa procura da vacina no estado. “Os pais não vacinam seus filhos adolescentes, muitas vezes por preconceito e por medo de estarem incentivando-os a iniciar precocemente a vida sexual. A vacina é muito importante, é impede que o jovem desenvolva outros tipos de câncer também, como o de pênis e o de ânus, no caso dos homens”, comunica. O movimento anti-vacina vem ganhando força em todo mundo e suas consequências são catastróficas para a população. Prova disso é o retorno do sarampo, depois de dois anos de certificação de erradicação dado pela Opas (Organização Panamericana de Saúde), o Brasil sofreu com um surto do vírus em 2018.

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