“Mesmo a mineradora arcando com a baldeação dos passageiros, feita por um ônibus circular, o percurso aumentou em 50 minutos entre o Centro até a estação Gustavo Paiva, em Rio Largo. Há também o desgaste e incômodo para os passageiros com a necessidade de descer do VLT [Veículo Leve sobre Trilhos], caminhar alguns metros, pegar o ônibus e depois novamente subir no trem, fato que retira totalmente a acessibilidade ao nosso transporte, complicando ainda mais a vida da população”, ressalta o superintendente da CBTU. O trâmite do processo judicial que pode dar um alívio no futuro a CBTU é lento. Não há prazo para julgamento e entendimento com a empresa. No momento, apenas a certeza de que o pleito é justo e, além de beneficiar a empresa quando sair do papel, beneficiará a população da capital alagoana. A interligação da cidade por linha férrea como ocorre em outras capitais é um desejo antigo que agora foi momentaneamente interrompido. Para a empresa, não há dúvidas de que a oferta de melhor transporte e acesso a ele são fatores decisivos para o desenvolvimento da cidade. Isto porque a possibilidade de garantir deslocamento sem interferir no trânsito garantirá um fluxo maior de mão de obra para vários segmentos comerciais, além de valorização de muitas áreas residenciais por onde o transporte irá circular. Vale lembrar, também, que o próprio processo de construção terá influência positiva na economia por conta da contratação de trabalhadores da capital e também de Rio Largo.