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Cidades

SESAU APONTA 2 CASOS DE ÔMICRON, COM UMA MORTE; PARA MÉDICO, CEPA AVANÇA

Especialista diz que serviços de saúde trabalham para conter disseminação da variante do novo coronavírus

Por Regina Carvalho e Mariane Rodrigues | Edição do dia 13/01/2022

Matéria atualizada em 13/01/2022 às 04h00

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) quebrou o silêncio que vinha mantendo desde a explosão de novos casos de coronavírus no País e divulgou, ontem à noite, a presença da variante Ômicron, do novo coronavírus, em Alagoas. Segundo o órgão, foram registradas duas ocorrências da nova cepa, incluindo uma morte. Os infectados são dois homens de Maceió de 74 e 52 anos. O mais velho morreu no dia 21 de dezembro de 2021, após ser infectado pelo vírus na capital. O infectologista Renée Oliveira, das redes pública e privada, não acredita que Alagoas teve apenas dois casos até agora. Para ele, a Ômicron avança no Estado.

A análise do médico é baseada em informações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS, que aponta a variante Ômicron como responsável por quase 60% dos casos de Covid-19 registrados no último mês e do Ministério da Saúde, que atribui à variante a maioria dos casos detectados recentemente no Brasil.

Mesmo antes da divulgação da informação pelo Estado, médicos que atuam no combate à pandemia de Covid-19 já vinham trabalhando para conter a disseminação da variante, conforme revela o infectologista Renee Oliveira, em entrevista à Gazeta. “Pelo que acompanhamos, pela velocidade da transmissão como ocorre na Europa e nos Estados Unidos, Alagoas já tem casos da variante. O problema é que testamos pouco e não sabemos exatamente a situação”, explica o infectologista.

Na avaliação de Renee Oliveira, a Ômicron parece ser menos grave, uma vez que não acomete os pulmões como outras variantes, mas a situação exige cuidados já que pode afetar pessoas que apresentam quadro de saúde mais delicado e podem desenvolver a forma grave da doença.

O relatório divulgado pela OMS aponta que das 357,2 mil amostras sequenciadas e publicadas na plataforma Gisaid, que reúne sequenciamentos feitos em todo o mundo, um total de 208,8 mil foram da Ômicron nos últimos 30 dias. O total equivale a 58,5% das amostras, percentual que já supera o da delta. As informações foram publicadas pelo G1.

Mais cedo, a Sesau havia informado que “todas as amostras de pacientes com suspeita de infecção por variantes de Sars-CoV-2 que atendam aos requisitos de análise são encaminhadas para a Fiocruz para sequenciamento genético. Trata-se de um procedimento de rotina já estabelecido para realizar a vigilância genômica do vírus no estado e no Brasil”.

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