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Maceió,
Nº 5693
Alimentos

BUSCAS POR PRODUTOS ORGÂNICOS AVANÇAM EM MUNICÍPIOS ALAGOANOS

Levantamento do Ministério da Agricultura revela que existem no Estado 135 produtores cadastrados para produzir alimentos orgânicos

Por Clariza Santos | Edição do dia 15/01/2022

Matéria atualizada em 15/01/2022 às 04h00

Os produtos orgânicos produzidos nos municípios alagoanos são livres de agrotóxicos
Os produtos orgânicos produzidos nos municípios alagoanos são livres de agrotóxicos | © Ailton Cruz

Em busca de uma alimentação saudável e de olho na saúde, muitos consumidores alagoanos têm optado por alimentos orgânicos, ainda raros em supermercados locais. Em Alagoas, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), existem 135 produtores cadastrados para produzir produtos orgânicos, espalhados pelos municípios de Branquinha, Murici, Pão de Açúcar, Messias, Palmeira dos Índios, Mata Grande, União dos Palmares, Ibateguara, União dos Palmares, Arapiraca, Atalaia, Estrela de Alagoas, Santana do Mundaú, Inhapi, São José da Tapera e Pilar. "Pela legislação brasileira, considera-se produto orgânico, seja ele in natura ou processado, aquele que é obtido em um sistema orgânico de produção agropecuária ou oriundo de processo extrativista sustentável e não prejudicial ao ecossistema local. As fiscalizações da produção e da comercialização são feitas pelo Ministério da Agricultura em conjunto com as Certificadoras Credenciadas para esse fim", informa Luis ko, auditor fiscal federal agropecuário do MAPA. "Para serem comercializados, os produtos orgânicos deverão ser certificados por organismos credenciados no Ministério da Agricultura, sendo dispensados da certificação somente aqueles produzidos por agricultores familiares que fazem parte de organizações de controle social cadastradas no MAPA, diz o auditor. Diana Silva, organizadora da Feira Agroecológica do Novo Jardim, conta que os produtos vendidos são agroecológicos e a um preço justo. Na feira, além dos produtos, os consumidores podem participar de ações culturais. Diana Aleixo, técnica em agroecologia e historiadora, que trabalha na organização da Feira Agroecológica Novo Jardim, localizada no espaço da Associação de Moradores do Conjunto Residencial Novo Jardim, na parte alta de Maceió, traz uma experiência pós-pandemia, repensando o processo importante na saúde preventiva, com elevação da imunidade, a partir da alimentação livre de venenos e com um conjunto nutricional valioso, garantindo uma alimentação rica em sabor e qualidade. "A Feira Agroecológica Novo Jardim, nesse fortalecimento das famílias camponesas que ao longo da pandemia estiveram isolados em seus territórios , tem algumas iniciativas nos bairros São Jorge e no Eustáquio Gomes, com exposição e comercialização de alimentos. Para além da exposição e comercialização dos alimentos, tem a sala de cuidados com atendimento aos feirantes e ao público, realização de rodas de conversa, dança circulares e cineclube trazendo para reflexão a importância do autocuidado, principalmente por ser um ato de preservação da vida", diz Diana. A produção vem de vários municípios, como Maceió, Joaquim Gomes, Flexeiras, Messias, Murici, Branquinha, União dos Palmares, e atende vários outros bairros da parte alta da cidade de Maceió. A feira também oferta oficinas de trabalhos manuais e apresentação de vídeos que falam sobre a preservação ambiental.

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