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Saúde

ALAGOAS REGISTRA MAIS TRÊS CASOS SUSPEITOS DE VARÍOLA EM 24 HORAS

Até agora, o Estado já notificou 27 casos suspeitos da doença, sendo que cinco deles já foram descartados

Por Regina Carvalho | Edição do dia 11/08/2022

Matéria atualizada em 11/08/2022 às 04h00

Um caso de varíola dos macacos já foi confirmado em Alagoas, segundo dados da Sesau
Um caso de varíola dos macacos já foi confirmado em Alagoas, segundo dados da Sesau | Reprodução

Alagoas notificou, até ontem (10), 27 casos suspeitos de Monkeypox, a varíola dos macacos, sendo 16 do sexo feminino e 11 do masculino. Três dessas notificações ocorreram nas últimas 24 horas. Desses, cinco já foram descartados, após exames laboratoriais, sendo um de Messias, um de Maceió, um da Barra de São Miguel e dois de Rio Largo. Os outros 22, sendo 11 de Maceió, um de Rio Largo, um de Ouro Branco, um de Penedo, um de Branquinha, um de Murici, um de Pariconha, dois de Batalha e três de Inhapi permanecem em investigação. A Sesau aguarda os resultados dos exames de diagnóstico para divulgação, uma vez que são processados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Para isso, o material biológico é coletado pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) e encaminhado para a capital carioca, por meio de uma transportadora contratada pelo Ministério da Saúde (MS). Na última terça-feira (10), a Sesau confirmou que a notificação de 24 casos suspeitos de varíola dos macacos (monkeypox), sendo 13 do sexo feminino e 11 do masculino. Desse total, cinco já tinham sido descartados, após exames laboratoriais: um de Messias, dois de Maceió e dois de Rio Largo. Um rapaz foi confirmado com a doença. Ele tem 22 anos, natural do Espírito Santo (ES), foi testado quando estava em Alagoas. Os outros 19 casos suspeitos estão distribuídos em dez cidades alagoanas: sete de Maceió, um de Rio Largo, um de Ouro Branco, um de Penedo, um de Barra de São Miguel, um de Branquinha, um de Murici, um de Pariconha, dois de Batalha e três de Inhapi, que permanecem em investigação. Na avaliação do médico infectologista Fernando Maia, Alagoas terá mais casos confirmados de varíola dos macacos daqui para frente, seguindo a tendência de outros estados nordestinos. “O caso confirmado até agora é de um homem que já veio infectado de fora. Não há casos locais confirmados. Resta saber se ele transmitiu a doença para outras pessoas”, explica Maia. O infectologista diz que normalmente a pessoa diagnosticada com a doença não precisa de internação e não precisa de grande aparato dos serviços de saúde para tratá-la. “O tratamento é simples. É muito raro precisar de internação. É esperado a gente ter mais casos porque Alagoas está cercado de monkeypox”, acrescenta, referindo-se aos estados próximos a Alagoas terem registrado notificações da doença. Segundo o Ministério da Saúde, a varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. No boletim atualizado pelo MS na última terça-feira (9), todos os nove estados da região do Nordeste têm casos suspeitos de varíola dos macacos, sete deles com confirmações: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Na terça-feira (9), O COE Monkeypox (Centro de Operações de Emergência), criado pelo Ministério da Saúde para monitorar o avanço da varíola dos macacos no Brasil, determinou nível máximo de alerta para a doença. Os níveis de emergência variam de I a III. O nível máximo admite uma ameaça de relevância nacional, que pode culminar em declaração de Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional). Segundo o Ministério da Saúde, o alerta é estabelecido quando há "excepcional gravidade". Para a avaliação de riscos, o comitê considera a transmissibilidade da varíola dos macacos, agravamento dos casos confirmados, vulnerabilidade da população, disponibilidade de medidas preventivas -como vacinas -e recomendações da Organização Mundial da Saúde.

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