O ex-superintendente do Incra, do Ministério Trabalho, ex-vice-prefeito de Palmeira dos Índio, advogado Ricardo Vitório, considerado como uma das maiores lideranças de sua família em Palmeira dos Índios, há mais de 15 anos trabalha para implantar o projeto de irrigação da barragem do Bálsamo. Acredita que o projeto desenvolverá a agricultura da cidade que fica entre o Sertão e Agreste, como sonhava a família dele. Hoje cobra agilidade na execução do projeto que permanece engavetado. A barragem, em valores atualizados, custou mais de R$ 100 milhões. Começou a ser construída na gestão do então prefeito de Palmeira dos Índios, Helenildo Ribeiro (1992/96), com apoio de parlamentares de Alagoas. Com 500 metros de extensão e 40 de metros de profundidade, é vista como a redenção hídrica e econômica de Palmeira dos Índios (distante 135 quilômetros de Maceió). Hoje, o manancial abastecido pelo rio Bálsamo, que corta a divisa de Alagoas com Pernambuco, é subutilizado no nosso estado. Parte da água abastecia somente a população e a agricultura do município de Bom Conselho. Recentemente, começou abastecer quase 40 mil pessoas dos municípios de Minador do Negrão e Estrela de Alagoas, que sempre viveram em “situação de emergência” por causa da seca. Pendências O que falta para o projeto sair do Papel? O advogado Ricardo Vitório avalia que faltam dinheiro e vontade política. “Este projeto já passou pelos governos de Ronaldo Lessa (1999/2006), de Teotônio Vilela Filho (2007/2014) e agora está no governo Renan (começou em 2015 e está no segundo mandato que vai até 2022). Estamos esperando que o governador [Renan] tire, realmente, este projeto do papel e o coloque em prática” A área planejada para ser irrigada, na avaliação de Ricardo Vitório, mudará toda a realidade econômica vivida na área da barragem no lado de Alagoas, onde dezenas de micros e pequenos agricultores enfrentam longos períodos de estiagem e veem o esforço deles perdido. AF