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Afundamento

MUNICÍPIO TENTA CONSEGUIR RECURSOS PARA MACRODRENAGEM

As obras de recuperação do sistema de abastecimento de água e saneamento do Pinheiro continuam e são bancadas pela Braskem

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 30/11/2019

Matéria atualizada em 03/12/2019 às 14h39

As obras de recuperação do sistema de abastecimento de água e saneamento do Pinheiro continuam e são bancadas pela indústria acusada de causar os problemas no bairro. Além disso, a prefeitura de Maceió tentou conseguir, em Brasília, recursos da ordem de R$ 30 milhões para o serviço de macrodrenagem do bairro. O governo federal só libera o montante depois de estudos sobre a evolução geológica do bairro. Daí a obra está sendo executada pelo governo do estado. O outro problema é de segurança pública. Criminosos se aproveitam do desespero da população para invadir imóveis e levar tudo o que podem. O comando da Polícia Militar e a Defesa Civil pedem as pessoas que forem vítimas dos ataques criminosos para fazerem boletim de ocorrência. Isto facilita o trabalho da polícia de conter os ataques. A gestão dos problemas geológicos nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro é de responsabilidade da Defesa Civil Municipal, revelou o coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Moisés Melo. “A competência do estado é ajudar após um possível desastre. Caso isto aconteça, nós temos o plano estratégico para atuar e atender as pessoas”. O coronel Moisés explicou que a situação em andamento no Pinheiro é de competência da Defesa Civil Municipal. Com relação a condição geológica, o coordenador estadual explicou que “as medidas adotadas até agora pela Defesa Civil Municipal são as previstas para este tipo de ocorrência. Estamos recebendo as informações e até o momento não ha registro de casos graves”.

INDENIZAÇÕES

No plano de fechamento definitivo de minas de exploração de salmoura, a Braskem reafirma que não vai explorar mais sal-gema nos 35 poços fechados em Maceió. Isto quer dizer que a indústria não extrai salmoura no Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Quem garante é o vice- presidente da indústria, Marcelo Arantes. A empresa decidiu também que não explora mais a mina em área urbana. Com relação a área de resguardo, a indústria confirma que realizou estudos de geomecânica com o Instituto Alemão IFG e constatou deslocamento de poços. Os resultados das pesquisas recomendaram medidas preventivas. As medidas significam criação de área de resguardo no entorno de 15 poços, 12 deles na área do Mutange, um em Bebedouro e dois no Pinheiro. O vice-presidente da Braskem assegurou as indenizações de terceiros nas áreas de resguardo, isto envolve 1.500 pessoas em 400 imóveis. Um deles é o Centro de Treinamento do Centro Esportivo Alagoano (CSA). A intenção da indústria hoje é permanecer em Alagoas e explorando sal-gema. Porém, em outro local distante da área urbana. A Braskem solicitou a Agência Nacional de Mineração licença para realizar novos estudos a fim de identificar novas áreas de exploração.

PINHEIRO

Com relação as famílias que moram na área vermelha, a indústria disse acompanhar o monitoramento junto com a Secretaria Municipal de Defesa Civil. Os órgãos públicos estão encarregados de divulgar informações sobre reocupação das áreas. Atualmente, a empresa banca as obras de inspeção da malha pluvial, doou e instalou equipamentos de monitoramento para Defesa Civil Municipal, instalou de estação meteorológica, sistema de monitoramento do solo e financia as obras de recapeamento. Sobre o futuro da linha férrea e da avenida major Cícero de Góis Monteiro (a principal via de Bebedouro), a assessoria de comunicação da indústria alagoana informou que, por enquanto, não estão nos planos de resguardo da empresa fazer intervenções nos dois equipamentos urbanos que permanecem com suas rotinas operacionais. A extração e a planta de produção de soda/colorado estão paradas desde nove maio passado. Ainda não há previsão de retomada da operação. Mesmo assim, a empresa mantém os seus compromisso com o mercado, importando matéria-prima.

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