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DAVI MAIA: ‘REFORMA DE AL É PIOR DO QUE A DO PAULO GUEDES’

Parlamentar deixou claro que é a favor da reforma da Previdência por acreditar que ela é necessária para as contas públicas

Por Jonathas Maresia | Edição do dia 07/12/2019

Matéria atualizada em 07/12/2019 às 06h00

O deputado Davi Maia (DEM): “Muito pior do que um posicionamento é a covardia”
O deputado Davi Maia (DEM): “Muito pior do que um posicionamento é a covardia” | Jonathas Maresia

Ao estudar o texto da reforma da Previdência enviado pelo governador Renan Filho (MDB) para Assembleia Legislativa, o deputado Davi Maia (DEM) declarou, nessa sexta-feira (6), que a proposta que chegou ao parlamento é “pior que a elaborada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes”. Davi apontou, ainda, a incoerência de integrantes do governo Renan e do próprio governador que antes criticavam o projeto na esfera federal, e, agora, fazem até pior contra o funcionalismo público de Alagoas. Davi Maia deixou claro que é a favor da reforma da Previdência por acreditar que ela é necessária para as contas públicas, “não escondo essa posição de ninguém”. Contudo, ele lembrou que Renan Filho, o secretário de Comunicação, Ênio Lins, o vice-governador, Luciano Barbosa, e o secretário de Turismo, Rafael Brito, fizeram diversas postagens contra a reforma que foi discutida no Congresso Nacional. No plenário da Assembleia Legislativa, o deputado leu algumas postagens que foram publicadas por integrantes do governo Renan Filho ao longo dos últimos meses, fazendo separadamente uma crítica a cada uma. Nessa sexta, durante sessão, servidores públicos lotaram a Casa de Tavares Bastos para tentar convencer os deputados a debaterem a proposta que está em tramitação no parlamento. “Muito pior do que um posicionamento é a covardia. É não assumir posicionamentos. Passamos um ano cobrando o posicionamento do governo e dizendo que estava na hora dele debater e mostrar o que quer. E, agora, estamos todos nós [deputados] fazendo um debate que era pra fazer o ano todo”, afirmou Maia, acrescentando que quem deveria estar constrangido agora era quem disse que era contra a reforma da Previdência. “Vamos fazer a reforma e vamos desmascarar os desmascarados”, reagiu ele, referindo-se aos integrantes do governo Renan que agora silenciam. Na sessão dessa sexta-feira, com a presença de servidores públicos e lideranças do movimento, a insatisfação era patente diante do que definem como “omissão dos companheiros dirigentes do PT, PCdoB e PDT”, que não se posicionaram como deveriam em relação às injustiças cometidas no texto da reforma contra servidores mais humildes. “Estão tratando igualmente os desiguais, o que é uma crueldade”, reagiu uma professora de Arapiraca, sobre a alíquota de 14%, que acentua o arrocho do governo contra o funcionalismo que acumula perda salarial de 11,39% na gestão.

POSTAGENS CITADAS POR DAVI MAIA NA SESSÃO

Ênio Lins - @enio_lins

(21 de fevereiro de 2019) - Viver? Tudo que Bozo quer é menos idosos vivendo com apoio na previdência

(10 de julho de 2019) - Mas a reforma é exatamente para manter esses privilégios imorais

LucianoBarbosa - @Luciano_Barbosa

(10 de julho de 2019) - Reforma com privilégios não é reforma, é discriminação. É tirar de quem não tem para manter o privilégio de quem tem. O país fica mais desigual. A vida, para a esmagadora maioria, fica mais difícil.

(10 de julho de 2019) - Problema não é a reforma, é saber o tamanho e onde cortar. O q foi votado hoje fez lembrar minha mãe, então professora no Quintela Cavalcante. Eu chegava das manifestações pela democracia e ela dizia: cuidado, a corda sempre “poca” no lado mais fraco. Hoje, foi o q vi.

(14 de junho de 2019) - A reforma da previdência, que mexe com a vida de todos os brasileiros, será aquela que o povo, democraticamente representado pelo congresso e pelo poder executivo, quiser, não necessariamente aquilo que uma determinada pessoa quer. É melhor ir se acostumando com a democracia.

Rafael Brito - @rafaelgbrito

(02 de fevereiro de 2019) - Publicidade de ato nunca foi sinônimo de honestidade. O voto fechado protege os parlamentares em momentos difíceis. O governo Bolsonaro vai defender voto aberto na reforma da previdência? Se assim for, como votarão nossos parlamentares?


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