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Economia

VALOR DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA ALAGOANA RECUA 5,2% EM 2019

VBP do Estado atingiu R$ 2,52 bilhões no ano passado, contra R$ 2,66 bi do ano anterior, diz ministério

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 18/01/2020

Matéria atualizada em 18/01/2020 às 06h00

Alagoas encerrou o ano passado com a participação de 0,4% na produção nacional
Está quase tudo pronto para o início da 68ª Edição da Expoagro.
Foto: Dárcio Monteiro
Alagoas encerrou o ano passado com a participação de 0,4% na produção nacional Está quase tudo pronto para o início da 68ª Edição da Expoagro. Foto: Dárcio Monteiro | Darcio Monteiro

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Alagoas atingiu R$ 2,52 bilhões em 2019, uma retração de 5,2% em relação aos R$ 2,66 bilhões registrados no ano anterior, segundo levantamento divulgado na terça-feira, 14, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com os dados, Alagoas encerrou o ano passado com a participação de 0,4% na produção nacional, que encerrou 2019 com R$ 630,9 bilhões, 2,6% acima do obtido no ano anterior. O valor é recorde para a série histórica, iniciada em 1989, superando o VBP de 2017, de R$ 627,1 bilhões. No ano passado, as lavouras geraram um valor de R$ 411,1 bilhões e a pecuária, R$ 219,8 bilhões. Segundo o ministério, o Mato Grosso é líder no VBP, com R$ 101,78 bilhões (16,13% de participação nacional). Em seguida aparecem São Paulo, com R$ 78,15 bilhões (12,4%), Paraná, com R$ 75,79 bilhões (12%) e Minas Gerais, com R$ 61,95 bilhões (9,8%). Na outra ponta, o Amapá aparece em último lugar, sem nenhuma participação, seguido de Roraima (0,1%), Distrito Federal (0,1%) e Paraíba (0,2%). Em nota do Departamento de Financiamento e Informação, da Secretaria de Política Agrícola, o ministério destaca que o ano passado foi marcado pelo crescimento extraordinário do faturamento do milho e o desempenho também excepcional da pecuária, com crescimento real de 9%. Já as lavouras sofreram redução de 0,5%. Os produtos que mais se destacaram foram algodão, milho, amendoim, banana, batata-inglesa, feijão, mamona e tomate. “Esses lideraram o crescimento, e, juntamente com a pecuária, foram responsáveis pela elevada geração de renda na agricultura”, diz a nota. Para o ministério, pode-se atribuir como força propulsora do crescimento, em grande parte, o aumento das vendas para o mercado internacional, que nos últimos meses de 2019 teve forte impacto na alta da pecuária – destacam-se a expansão das exportações de carne bovina, suína, frango, bem como o aquecimento do consumo interno de ovos. Arroz, café, cacau, mandioca, soja, trigo e cana-de-açúcar tiveram desempenhos desfavoráveis entre as lavouras analisadas. A previsão é que algumas continuem nesse patamar em 2020, mas outras apresentem recuperação, como a soja e o café. Os dados regionais mostram que os estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás lideraram a participação no VBP no ano de 2019.

PREVISÃO PARA 2020

Os indicadores de safra e de preços agrícolas mostram estimativas preliminares para o VBP de 2020 em R$ 674,8 bilhões, 7% superior na comparação com o de 2019. As lavouras têm previsão de crescimento de 4,6% e a pecuária, 11,3%. Entre os produtos que apresentam melhor previsão de crescimento estão o café e a soja, que devem ter ganhos de 37,6% e 15%, respectivamente. O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Ele é calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil. O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal. As informações são da Agência Brasil.

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