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Maceió,
Nº 5693
Cadastro Positivo

MAIS DE 2 MILHÕES DE ALAGOANOS ESTÃO NA LISTA DE BONS PAGADORES

Em termos percentuais, o Estado aparece em oitavo lugar do País no cadastro positivo, segundo levantamento da Serasa Experian

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 24/01/2020

Matéria atualizada em 24/01/2020 às 09h26

Alagoas tem 2,07 milhões de consumidores com idade acima dos 18 anos na lista de bons pagadores — o chamado cadastro positivo. O número é equivalente a 90,1% da população adulta, segundo levantamento divulgado pelo Serasa Experian, uma das empresas que operam o sistema. Em termos percentuais o Estado é oitavo do País com maior índice de bons pagadores. O ranking de bons pagadores é encabeçado pelo Maranhão, 92,6% — o que significa 4,2 milhões da população. Em seguida aparecem o Espirito Santo, com 91,2% da população, Bahia (90,9%), Piauí (90,8%) e Paraíba (90,4%). Na outra ponta, o Mato Grosso do Sul aparece com o menor índice, com 76% da população. Em seguida vêm o Distrito Federal (78,3%), Mato Grosso (79,1%) e Acre (80,9%). A média nacional é de 88,5%. Segundo a Serasa Experian, o cadastro positivo pode beneficiar cerca de 137 milhões de brasileiros. Fazem parte deste total os 22,6 milhões de cidadãos (14,6% da população adulta) que atualmente estão fora do mercado de crédito e que seriam totalmente incluídos por já apresentarem um histórico favorável de adimplência. Em termos regionais, o Nordeste lidera a lista de bons pagadores, com 90,5% da população — o equivalente a 36,9 milhões de consumidores. Em seguida aparecem o Sul (89,6%), Sudeste (88,6%), o Norte (87,3%) e o Centro-Oeste (80,4%). Baseado em uma metodologia mais abrangente e inclusiva para concessão de crédito, o cadastro positivo considera a análise de todo o histórico de endividamento e de que modo a pessoa efetua o pagamento de dívidas contratadas com bancos e com empresas de comércio e de serviços — luz, água, telefone e gás. Também são avaliados compromissos financeiros a vencer. Segundo o Serasa Experian, o objetivo desse processo é valorizar aspectos positivos, como o hábito do consumidor de pagar em dia suas contas, e não se concentrar somente nas dívidas atrasadas. “Essa visão inclui as pessoas no sistema financeiro e contribui para a prevenção e o combate ao superendividamento, ao sinalizar de modo claro se há espaço no orçamento para contrair mais dívidas”, defende o Serasa, em nota. O órgão explica que somente as empresas nas quais o cliente buscar crédito podem consultar os dados. A empresa não pode levantar as informações preventivamente caso o consumidor não tenha pedido crédito em um de seus estabelecimentos. O cadastro positivo começou a funcionar em 2013, mas com uma lógica invertida em relação à atual. Na época, o cliente que quisesse ser incluído no cadastro tinha que comunicar ao banco. Sancionada em abril do ano passado, a nova legislação tornou automática a inclusão e o processamento dos dados dos clientes. Quem não quiser entrar no cadastro positivo é que deve avisar a instituição financeira. Os bancos identificarão os bons pagadores com base em um sistema de pontuação, sem acesso direto à movimentação financeira do cliente. Cada cliente receberá uma nota de zero a 1 mil. Quanto mais alta a nota, melhor a qualidade do pagador e menores as taxas de juros a que eles terão direito. Desde o dia 11 deste mês, bancos, comerciantes e empresas que emprestam dinheiro podem consultar o cadastro positivo para decidir se concedem crédito ou parcelamentos aos consumidores sem risco de calote.

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