Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 5694
Desempenho

ALAGOAS TEM A 3ª MENOR GERAÇÃO DE EMPREGO DO PAÍS, DIZ CAGED

No ano passado, o Estado registrou a criação de 731 empregos com carteira assinada

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 25/01/2020

Matéria atualizada em 25/01/2020 às 06h00

Em todo o País, foram criadas no ano passado 644.079 vagas com carteira assinada
Em todo o País, foram criadas no ano passado 644.079 vagas com carteira assinada | Arquivo GA

Alagoas fechou 2019 com a geração de 731 empregos com carteira assinada — a diferença entre as 121.015 contratações e as 120.284 demissões no período —, segundo dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nessa sexta-feira, 24, pelo Ministério da Economia. Foi o terceiro pior desempenho do País, à frente apenas do Amapá, que gerou 352 postos formais de trabalho, e do Acre (353). O desempenho do Estado no ano passado foi puxado pela indústria de transformação, que fechou 1.623 postos formais de trabalho. Por outro lado, a construção civil encerrou o ano com a geração de 1.153 vagas com carteira assinada, um avanço de 5,71% em relação a 2018. Foi o segundo melhor desempenho de Alagoas, atrás apenas do setor agropecuário, que 1.647 vagas, um crescimento de 13,86% em relação ao ano anterior. De acordo com os dados, em dezembro o Estado fechou 1.159 vagas com carteira assinada, uma retração de 0,33% em relação a novembro. Contribuíram para isso a indústria de transformação, que extinguiu 572 vagas, o setor de serviços, com a eliminação de 486 vagas, e a construção civil, com o fechamento de 403 vagas. O destaque positivo do mês foi o desempenho do comércio, que registrou a criação de de 344 postos formais. O levantamento do Ministério da Economia mostra ainda que São Miguel dos Campos encerrou 2019 com a geração de 1.125 postos com carteira assinada, um crescimento de 12,97% em relação a 2018. Foi o melhor desempenho entre os municípios alagoanos. Rio Largo aparece em segundo lugar, com a criação de 651 vagas, seguido de Marechal Deodoro (213) e Palmeira dos Índios (127). Na outra ponta, Coruripe teve o pior desempenho do Estado, com o fechamento de 518 vagas com carteira assinada no ano passado. Em seguida aparecem Teotônio Vilela, com o fechamento de 437 vagas, São Luís do Quitunde (menos 430 vagas) e Pilar (menos 402 postos). Em todo o País, foram criadas no ano passado 644.079 vagas com carteira assinada no país. Esse é o melhor resultado anual desde 2013, quando foi gerados mais de 1,1 milhão de postos de trabalho formais. Os dados do Caged mostraram ainda um desempenho acima da expectativa do mercado para dezembro, quando foram encerrados 307.311 postos com carteira assinada no país. Segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, o Brasil pode voltar a registrar a abertura de 1 milhão de novas vagas em 2020. Ele, porém, não fez estimativas com base no crescimento de 2,4% do PIB, oficialmente considerado pelo governo. Dalcolmo afirmou ainda que o desempenho do mercado de trabalho depende da continuidade na aprovação de reformas, privatizações e comércio internacional. Em relação aos setores da economia, o secretário prevê que serviços e comércio tendem a abrir a maior quantidade de novas vagas com carteira assinada, mas a construção civil deve manter o ritmo aquecido. “Os números [de 2019] são positivos, mas, lógico, temos de batalhar pelo 1 milhão”, disse. O Ministério da Economia ressaltou que, em 2019, todos os oito ramos de atividade registraram saldo positivo. O impulso veio principalmente do setor de serviços, que gerou 382.525 vagas formais. No comércio, houve abertura de 145.475 novos postos de trabalho e na construção civil, 71.115. Todas as cinco regiões do país também tiveram desempenho positivo no mercado de trabalho. O melhor resultado foi para a região Sudeste, com 318.219 novas contratações formais. Na região Sul, foram 143.273 postos.

Mais matérias desta edição