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Estudo

CONSTRUÇÃO CIVIL PERDE MAIS DE 2 MIL TRABALHADORES EM AL

Em dez anos, o setor alagoano ganhou 163 novas empresas, aponta Pesquisa Anual da Indústria da Construção Civil, feita pelo IBGE

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 28/05/2020

Matéria atualizada em 28/05/2020 às 06h00

De acordo com o IBGE, o cenário do setor alagoano acompanhou a tendência do Brasil
De acordo com o IBGE, o cenário do setor alagoano acompanhou a tendência do Brasil | © Ailton Cruz

O setor de construção civil alagoano perdeu 2.172 trabalhadores entre os anos de 2009 e 2018, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic) divulgada nesta quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, o fechamento de postos de trabalho ocorreu apesar de terem surgido no Estado 163 novas empresas no setor. De acordo com o IBGE, o cenário alagoano acompanhou a tendência do Brasil e de todos os estados do Nordeste, à exceção da Paraíba, que teve um aumento no pessoal ocupado. A pesquisa mostra ainda que em 2018, as 487 empresas de construção civil alagoanas empregavam 15,9 mil trabalhadores. Naquele ano, eles receberam cerca de 402,6 milhões em salários. Em valores nominais, o setor da construção civil alagoano movimentou R$ 2,59 bilhões em incorporações, obras e serviços de construção. No Nordeste, a Bahia aparece com o maior número de empresas, com 2,61 mil unidades. Juntas, elas empregavam 102,04 mil trabalhadores, que receberam R$ 2,9 bilhões em salários. Já Sergipe aparece com o menor número de empresas na região, com 433 unidades, que empregavam, em 2018, 17,8 mil trabalhadores e movimentaram 447,8 milhões em salários. Em todo o País, o número de pessoas ocupadas na indústria da construção caiu 1,7% em 2018 na comparação com o ano anterior, com perda de 31,5 mil postos de trabalho. Apesar da retração, foi a menor queda da mão de obra no setor desde 2014. Ao todo, 1,9 milhão de pessoas estavam empregadas na construção em dezembro de 2018. O setor contava com 124.522 empresas ativas, queda de 1,4% em relação a 2017. Já em valores nominais, a atividade totalizou R$ 278 bilhões, contando incorporações, obras e serviços de construção. Desses, R$ 264 bilhões foram somente em obras e serviços. Na construção, a atividade com a maior participação foi construção de edifícios, com 45,5%. Obras de infraestrutura teve 31,15%, enquanto serviços especializados da construção representaram 23,2%. Essa última fatia vem ganhando espaço desde 2009, quando era de apenas 14%. "É um setor que costuma crescer em períodos de recuperação econômica, atrelado à retomada do crescimento no país. Representa as pequenas instalações, reformas, preparação de terreno e acabamentos, por exemplo", explica a gerente da pesquisa, Synthia Santana.

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