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Maceió,
Nº 5691
Paralisação

ALGAS SENTE IMPACTO COM FECHAMENTO DA BRASKEM

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Por Arnaldo Ferreira | Edição do dia 08/08/2020

Matéria atualizada em 08/08/2020 às 06h00

Entre as empresas que mais sentiram o impacto se destacam a Algas, que tem contrato estimado em R$ 60 milhões, e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), fornecedora de energia elétrica através de uma linha de transmissão exclusiva. A companhia deve ter sentido prejuízo avaliado em R$ 120 milhões, disse uma fonte interna da empresa. Os números são estimados por conta do sigilo fiscal. A paralisação das atividades da Braskem no ano passado suscitou dúvidas sobre a permanência da indústria no estado e um possível abalo na economia interna do governo, e poderia comprometer o pagamento em dia de credores e do funcionalismo. Nada disso aconteceu. A empresa manifestou ao estado e à Gazeta interesse em permanecer explorando a jazida de sal-gema em Alagoas. No planejamento consta que deve voltar a operar industrialmente em outubro com matéria-prima importada de estados brasileiros e do exterior.

Setores da economia alagoana têm dúvidas da permanência da Braskem no estado por conta dos prejuízos ambientais, sociais e urbanos, além de indenizações que terá de saldar. O presidente da empresa, Roberto Simões, garante que há ativos para cumprir acordos firmados na Justiça e no prazo previsto. Para o presidente do Sindicato dos Fiscais de Renda, Irineu Torres, “a Braskem não terá outro local para se instalar que seja uma mãe para a indústria como é Alagoas. Estamos vendo aí o problema dos bairros afetados pela mineração”, frisou. “Antes de sair, a empresa tem que pagar tributos e outras dívidas judiciais por conta dos problemas da mineração”. Torres estima que a empresa deve alta soma de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). Por conta do sigilo fiscal prefere não precisar o valor do débito. Mas deixou escapar que “pode passar dos R$ 2 bilhões”. AF

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