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Comércio Exterior

EXPORTAÇÕES RECUAM 68,5% EM JUNHO E BALANÇA DE AL TEM DEFICIT

Com o resultado de julho, a balança comercial alagoana acumula um deficit de US$ 150 milhões

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 13/08/2020

Matéria atualizada em 13/08/2020 às 06h00

As importações de AL movimentaram US$ 47,31 milhões no mês passado, diz ministério
As importações de AL movimentaram US$ 47,31 milhões no mês passado, diz ministério | Arquivo GA

As exportações alagoanas recuaram 68,5% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12), pela Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. O levantamento mostra que no mês passado Alagoas exportou US$ 5,66 milhões - o equivalente a R$ 30,77 milhões no câmbio atual - contra US$ 17,98 milhões (R$ 97,73 milhões) movimentados no mesmo mês de 2019. Já as importações movimentaram US$ 47,31 milhões no mês passado, uma retração de 29% em relação ao volume movimentado em julho de 2019, quando foram gerados US$ 66,50 milhões. Com o resultado, a balança comercial alagoana registrou deficit de US$ 41,65 milhões - o equivalente a R$ 226,32 milhões no câmbio atual - em julho. Com o resultado de julho, a balança comercial alagoana acumula um deficit de US$ 150 milhões de janeiro a julho, resultado medido pela diferença dos R$ 228 milhões exportados e dos US$ 378 milhões movimentados com as importações. No ano, as exportações acumulam uma alta de 20,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já as importações subiram 16,2% na comparação com 2019. Em julho, segundo os dados do governo federal, a Tailândia respondeu por 63% do total exportado por Alagoas, o equivalente a U$S 3,56 milhões. Em seguida aparecem a Índia (US# 770,18 mil), Turquia (US$ 337,8 mil), Estados Unidos (US$ 324,07 mil) e Marrocos (US$ 178,48 mil). Já os países que mais enviaram produtos para Alagoas foram, pela ordem, a China (US$ 18,02 milhões), Estados Unidos (US$ 9,38 milhões), Marrocos (US$ 3,46 milhões), Egito (US$ 2,57 milhões) e Argentina (US$ 1,89 milhão).

PAÍS

Em julho, segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, o país exportou US$ 8,06 bilhões a mais do que importou. Esse é o maior superavit para o mês desde o início da série histórica, em 1989. Ao todo, foram exportados US$ 19,56 bilhões em julho, enquanto o total de produtos e serviços importados fechou em US$ 11,50 bilhões. Os principais fatores para o resultado foram o bom desempenho dos produtos agropecuários - impulsionados pela maior demanda de países asiáticos e o real desvalorizado -, e a queda generalizada nas importações, como efeito da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.

Mesmo com o recorde no superavit da balança comercial, as exportações no mês passado foram 2,9% menores do que em julho do ano passado, quando foram adquiridos do exterior US$ 20,2 bilhões em produtos. Já a queda nas importações foi bem mais acentuada: o país comprou 35,2% menos em julho deste ano na comparação com o mesmo mês em 2019, pela média diária.

No acumulado do ano, as exportações brasileiras estão 6,4% menores do que no mesmo período (janeiro a julho) de 2019. No caso das importações, o recuo nos primeiros sete meses do ano é ainda maior, de 10,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa para o governo federal é que as exportações brasileiras caiam mais de 10% em 2020 e as importações sejam reduzidas em 17%. “Temos que ter em mente que estamos vivendo uma crise. Em momentos de crise, é normal que as importações caiam e que você tenha excedentes exportáveis e que faça com que a balança comercial atinja saldos interessantes”, afirmou Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia. Segundo ele, o objetivo do governo não é obter superavits na balança comercial, mas aumentar de forma equilibrada tanto as importações quanto as exportações. “O mais importante para o país é uma balança comercial onde exportações e importações crescem de forma equilibrada. No longo prazo, o nosso objetivo continua sendo, via aumento da inserção internacional da economia brasileira, aumentar a corrente de comércio: as importações e as exportações. Não existe grande exportador que não seja grande importador”, acrescentou. As informações são da Agência Brasil.

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