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Maceió,
Nº 5693
Estimativa

PANDEMIA DEVE FECHAR 30% DE RESTAURANTES E BARES EM ALAGOAS

Estimativa da associação que representa o setor diz que situação dos estabelecimentos só deve ser normalizada em junho de 2021

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 01/09/2020

Matéria atualizada em 01/09/2020 às 06h00

Mesmo podendo reabrir, bares e restaurantes alagoanos registram movimento fraco
Mesmo podendo reabrir, bares e restaurantes alagoanos registram movimento fraco | Ailton Cruz

Se a oscilação da economia já afetava os lucros dos donos de bares e restaurantes, a pandemia fez a situação azedar de vez. A política de distanciamento social, única forma de evitar o contágio na fase mais aguda da doença, foi fatal para o segmento. De acordo com a Associação de Bares e Restaurantes de Alagoas (Abrasel-AL), 20 negócios de filiados a entidade já fecharam as portas. Até o fim do ano o cenário não é dos melhores e 30% do segmento pode ser atingido pela crise. "Existe uma estimativa de que após a pandemia, em torno de até 30% dos negócios de alimentação não continuem. A Abrasel tem estado todo o tempo apoiando com informações, webnars e consultorias”, explicou a diretora executiva da entidade, Vega Vergetti. Nem a política de empréstimo anunciada pelo governo federal, com o envolvimento dos bancos privados, foi suficiente para garantir fôlego aos empresários nos períodos mais duros da doença. "A ajuda federal foi bem vinda, com o auxílio e redução de jornada. Porém, os bancos fizeram propaganda de empréstimos mas poucos conseguiram os recursos", completou Vega. O mais grave é que mesmo com a mudança de fase anunciada pelo governo e que já permite a presença nos salões dos restaurantes, o movimento tem sido pouco. E por uma razão simples: as famílias não estão podendo sair de forma completa, incluindo os idosos e os netos. Ou seja, o fluxo está mais intenso de jovens - solteiros e casais. Em alguns casos, como bares e restaurantes localizados nas áreas mais badaladas da cidade, a reação tem sido melhor. Já os restaurantes que dependem única e exclusivamente de sua própria clientela e não do conjuntos de ambientes, estão sentindo mais o impacto. "Nós acreditamos que as coisas só irão voltar ao normal em junho de 2021. A gente espera que não, mas a fase mais difícil será justamente essa agora, a da reabertura. Isto porque não vai haver mais ajuda do pagamento de salário. As contas todas estão chegando. É complicado manter isso com pouco cliente e tendo a mão de obra. Então a verdade é que temos muito chão pela frente", concluiu Vega.

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