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DESEMPREGO NO ESTADO AUMENTA QUASE 30% DURANTE A PANDEMIA

Somente no mês de agosto, Alagoas registrou a sexta maior taxa de desocupação do País, diz IBGE

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 24/09/2020

Matéria atualizada em 24/09/2020 às 06h00

Pandemia fez aumentar o número de desempregados em Alagoas, informa o IBGE
Pandemia fez aumentar o número de desempregados em Alagoas, informa o IBGE | © Ailton Cruz

A taxa de desocupação em Alagoas avançou para 16,4% em agosto - um aumento 0,7 ponto percentual em relação a julho -, fazendo com o Estado atingisse o sexto maior índice do País, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19 divulgada nesta quarta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, o número de desocupados no Estado passou de 169 mil em julho para 183 mil em agosto - um aumento de 14 mil pessoas entre um mês e outro. Entre maio e agosto - meses marcados pelo isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus-, o índice de desocupados em Alagoas subiu 29,7%, saltando de 141 mil para 183 mil alagoanos que estavam desempregados. O levantamento do IBGE revela que em agosto, a Bahia apresentou a maior taxa de desocupação do País, com 18,1%, seguido do Maranhão Maranhão (18,1%), Amazonas (17,9%), Amapá (17%) e Rio Grande do Norte (17%). Já o número de alagoanos que estavam trabalhando na informalidade aumentou 4,5% em agosto, na comparação com julho, atingindo 389 mil alagoanos. No mês anterior, esse número era de 372 mil, segundo a Pnad Covid-19. Por outro lado, o número de pessoas ocupadas em Alagoas aumentou de julho para agosto, saltando de 909 mil para 928 mil entre um mês e outro. Com isso, o nível da ocupação saltou de 34,9% para 35,7%. Em todo o País, o desemprego aumentou 27,6% em quatro meses de pandemia. Em maio, a população desocupada era de 10,1 milhões, número que passou para 12,9 milhões em agosto. Em comparação com julho, a taxa de desocupação no país subiu de 13,1% para 13,6%. As regiões Norte e Nordeste foram as mais atingidas pela crise, com altas de 14,3% e 10,3%, respectivamente. A única a apresentar queda na desocupação foi o Sul, com diminuição de 2,3%. No mesmo período, a população ocupada encolheu 2,7%. Considerando apenas a variação entre julho e agosto, porém, houve expansão de 0,8%. Com isso, o número de brasileiros ocupados chegou a 84,4 milhões, segundo a Pnad Covid. Segundo o diretor adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, o setor informal é mais fácil de se desfazer em uma crise como a atual, mas também mais simples de recompor no mercado de trabalho. “A carteira de trabalho, quando se perde, a dificuldade histórica de se recompor é maior”, afirmou Cimar. Na crise do coronavírus, o setor mais afetado foi o informal, que antes segurava o emprego no país. O fechamento do comércio afetou ambulantes, vendedores de praia e vários outros que trabalham por conta própria. “Com a reabertura do mercado, essas pessoas voltam a trabalhar, as feiras de rua estão voltando, então essa parcela expressiva dessa população voltando a trabalhar é a informalidade crescendo”, disse o diretor adjunto do IBGE. Segundo a Pnad Covid de agosto, 27,9 milhões de trabalhadores estavam na informalidade, ou 33,9% da população ocupada. O número representa um aumento com relação a julho, que marcou 33,6%.

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