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Salários

ALAGOAS TEM A SEGUNDA PIOR REMUNERAÇÃO MÉDIA DO PAÍS

No ano passado, o trabalhador alagoano recebeu em média R$ 2.445,72, diz Ministério da Economia

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 27/10/2020

Matéria atualizada em 27/10/2020 às 04h00

Em 2019, o setor de serviços pagou os maiores salários médios do Estado, com R$ 2,8 mil
Em 2019, o setor de serviços pagou os maiores salários médios do Estado, com R$ 2,8 mil | Arquivo GA

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados nesta segunda-feira (26), pelo Ministério da Economia, revelam que Alagoas encerrou o ano de 2019 com o segundo menor rendimento médio do País. De a cordo com o levantamento, o trabalhador alagoano recebeu em média R$ 2.445,72 no ano passado. O valor só é maior do que os R$ 2.404,01 pagos, em média, na Paraíba. O levantamento do Ministério da Economia revela ainda que na passagem de 2018 para 2019, o rendimento médio do trabalhador alagoano encolheu 1,83%. Em números absolutos, o percentual significa R$ 45,51 a menos no bolso. Em relação ao sexo, os homens receberam em média R$ 1.387,11, enquanto as mulheres registraram rendimentos médios de R$ 1.363,94 - um valor R$ 23,16 que os recebidos pelos trabalhadores. Em todo o País, remuneração mediana em 2019 foi de R$1.762,01. Em relação ao sexo, a remuneração mediana das mulheres foi 11,63% menor que a dos homens (R$ 1.642,95 remuneração mediana das mulheres, e R$ 1.859,18 dos homens). Em números absolutos esta diferença é de R$ 216,23. Em relação ao rendimento médio nacional, o Distrito Federal aparece com o maior rendimento médio do País, com R$ 5.902,15. Em seguida aparecem Amapá (R$ 4.154,29) e Rio de Janeiro (R$ 3.645,25) - todos acima da média nacional, que atingiu R$ 3.156,02.

EMPREGOS

Os dados da Rais também mostram que na passagem de 2018 para 2019, o estoque de empregos formais em Alagoas recuou 0,14%, saindo de 493.858 para 493.178 vagas entre um ano e outro. Em termos absolutos, foram 680 empregos extintos. Do total de estoque de empregos registrados no Estado no ano passado, 347.996 eram celetistas e outros 145.182, estatutários. O setor de serviços concentra o maior estoque de empregos em Alagoas, com 304.745 vagas. Em seguida aparecem o comércio, com 86.371 vagas, indústria (69.276), construção (23.447) e agropecuária (9.339). Os serviços alagoanos também concentram o maior rendimento médio no Estado, com R$ 2.869,45. Em seguida aparecem indústria (R$ 2.066,03), construção (R$ 1.663,89), comércio (R$ 1.488,47) e agropecuária (R$ 1.358).

NACIONAL

A Rais aponta que o estoque de postos de trabalho com carteira assinada encerrou o ano passado no maior nível desde 2015. A tendência de crescimento dos empregos formais, segundo a pasta, foi interrompida pela pandemia de covid-19. Em 2019, havia 47.554.211 empregos no mercado formal de trabalho brasileiro, crescimento de 1,98% (923.096 postos) em relação ao fim de 2018. Em 2015, o país havia encerrado o ano com 48,06 milhões de empregos formais. No ano passado, o país acumulou geração de empregos formais pelo terceiro ano consecutivo. O estoque de empregos em 2019 é o quarto maior da série histórica, iniciada em 1985, e só perde para os números registrados em 2014 (49,57 milhões), 2013 (48,95 milhões) e 2015 (48,06 milhões). Do total de vínculos formais registrados no fim do ano passado, 79,3% eram celetistas (trabalhadores do setor privado submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho), 18% eram estatuários (servidores públicos submetidos ao Regime Jurídico Único) e 2,7% tinham outros vínculos, como aprendizes, contratos temporários e trabalhadores avulsos. Em relação ao trabalho intermitente, modalidade criada depois da Reforma Trabalhista de 2016, o estoque de contratos atingiu 156.756 no fim do ano passado, aumento de 154% em relação ao registrado no fim de 2018. Os vínculos de trabalho em tempo parcial totalizaram 417.450, crescimento de 138% em relação a 2018. A pandemia do novo coronavírus interrompeu a geração de empregos. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, 849.387 vagas foram fechadas de janeiro a agosto, o pior resultado para os oito primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010. Desde julho, o país tem voltado a criar postos de trabalho, mas em ritmo insuficiente para reverter a extinção de vagas acumulada de fevereiro a junho. As informações são da Agência Brasil.

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