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Economia

COM 5º AUMENTO, MOTORISTAS DE APP ALEGAM DIFICULDADES

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Por LÍVIA TENÓRIO - ESTAGIÁRIA | Edição do dia 02/03/2021

Matéria atualizada em 02/03/2021 às 04h00

A Petrobras anunciou na manhã de segunda-feira (1), o quinto aumento no preço da gasolina, somente em 2021. A gasolina sofrerá uma alta de R$ 0,1240 nas refinarias, o que equivale a 5%. Já o diesel teve acréscimo de R$ 0,1294, ou 5%. Devido aos constantes aumentos no preço dos combustíveis, quem utiliza seus veículos como meio de obtenção de renda, tem passado por maus bocados.

“Estamos diante de dois pontos bem complicados. O primeiro é o desemprego e depois a alta do combustível e as tarifas baixíssimas dos aplicativos, que não está tendo reajustes nas corridas de acordo com o aumento. Se eu abandono a plataforma, não tem emprego. Sinceramente também não sei como continuar com esses aumentos abusivos”, queixa-se a motorista Adriana Monção.

O autônomo Diego Silva salienta que existem outros gastos além da gasolina que são prejudicados devido a inconstância nos valores. “Valores com alterações frequentes, corridas com valores que não compensam. Na verdade você só roda para manter o carro e olhe lá, porque fora o gasto exagerado de combustível, você também tem a manutenção de pneus”, desabafa. Todos os motoristas entrevistados nesta matéria reclamaram de não receber nenhum tipo de auxílio dos aplicativos nessa crise. O valor da tarifa também não é ajustado.

ABANDONO DA PROFISSÃO

A profissão de motorista por aplicativo não é antiga, e ganhou espaço no país devido ao desemprego. O que para alguns é um extra no fim do mês, para outros se tornou sua principal fonte de renda. Mas devido aos altos custos para se manter no ofício, muitos tem abandonando a profissão, como é o caso do ex-motorista Pedro Cavalcante. “Trabalhei como motorista há 4 anos, mas, com a situação atual resolvi abandonar. Viagens baratas, gasolina cara e lucro zero para nós. Caso a situação melhore, eu posso voltar”, comenta.

No caso de Diego, desistir não é uma opção. “Infelizmente não posso deixar de trabalhar tenho família e pago o veículo. Eu trabalhava antes em um órgão do estado, como fui demitido no mês de agosto do ano passado estou me mantendo rodando nos aplicativos”, desabafa. Hoje, para compor os valores, a Petrobras considera o preços internacionais e a cotação do dólar, entre outros itens.

‘VENDI O CARRO’

Já a frentista Maria Lúcia, de 45 anos, conta que teve que vender o veículo. “No terceiro aumento, já vi que eu não tinha mais como manter o custo da parcela e do combustível. Apesar de morar distante do meu trabalho, vender o carro foi a melhor coisa que fiz. Sem condições manter combustível e ainda parcela, manutenção”, desabafou.

Ela retrata que sai de casa , no Benedito Bentes, às 6 horas, para chegar ao trabalho às 9 horas.

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