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Emprego

MACEIÓ ‘DESCONHECE’ PANDEMIA E GERA 14,3 MIL VAGAS FORMAIS

O resultado - medido pela diferença entre as 62.844 admissões e os 48.534 desligamentos no período - representa um aumento de 7,76%

Por Carlos Nealdo | Edição do dia 03/08/2021

Matéria atualizada em 03/08/2021 às 04h00

O desempenho da capital alagoana foi o melhor entre os 102 municípios do Estado
O desempenho da capital alagoana foi o melhor entre os 102 municípios do Estado | © Ailton Cruz

Em plena pandemia, Maceió abriu 14.310 vagas formais de trabalho, entre junho do ano passado e junho deste ano, na série com ajuste, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia. O resultado - medido pela diferença entre as 62.844 admissões e os 48.534 desligamentos no período - representa um aumento de 7,76% em relação aos doze meses imediatamente anteriores. O desempenho da capital alagoana foi o melhor entre os 102 municípios do Estado. Além de Maceió, apenas quatro cidades geraram mais de mil empregos no período. O segundo lugar do ranking ficou com Arapiraca, que abriu 3.283 vagas com carteira assinada, um aumento de 10,17%. Em seguida aparecem Marechal Deodoro, com a a abertura de 1.786 vagas (alta de 22,62%), São Miguel dos Campos (1.431 vagas, alta de 20,69%) e Rio Largo, com 1.410 vagas (28,04%). Em termos percentuais, Cacimbinhas registrou a maior aumento na geração de empregos de junho de 2020 a junho de 2021, com 120%, na comparação com os doze meses imediatamente anteriores. Nesse período, o município abriu 258 vagas formais - a diferença entre as 370 admissões e as 112 demissões. Em segundo lugar aparece Lagoa da Canoa, com uma alta de 41,54%, seguida de Japaratinga (35,66%). Na outra ponta, Poço da Trincheiras registrou o maior percentual negativo do Estado com -8.633,3%.

ANÁLISE MENSAL

Na análise mensal, Maceió também aparece como o município que mais abriu postos de trabalho em junho, com 1.638 vagas, alta de 0,83% em relação ao mesmo mês do ano passado, na série sem ajustes. Em seguida aparecem São Miguel dos Campos, com a geração de 874 vagas, Rio Largo (419 vagas) e Marechal Deodoro (330), todos na série sem ajuste.

ESTADO

Como a Gazeta mostrou, Alagoas encerrou o primeiro semestre deste ano com o pior saldo de empregos do País. De acordo com dados do Caged, foram fechados 5.565 postos de trabalho no estado. Este é o resultado da diferença entre as 65.529 demissões e 59.964 admissões no período. O resultado teve variação negativa de 1,58% em relação ao mesmo período do ano passado, no auge da pandemia. De acordo com os dados do Ministério da Economia, homens com o ensino fundamental incompleto foram os mais penalizados em Alagoas pelo fechamento de postos. Entre os homens, o saldo negativo ficou em -9.587 vagas. Já as mulheres tiveram situação melhor e fecharam o semestre com saldo positivo de 4.022 vagas. As pessoas com ensino fundamental incompleto tiveram saldo negativo de -10.763. Entre as profissões, os trabalhadores agropecuários foram os que mais perderam postos de trabalho em Alagoas, com -15.141. Só entre os trabalhadores ligados à cana-de-açúcar, o saldo negativo ficou em 13.996. Já o setor que mais teve melhor saldo foi o de trabalhadores de serviços administrativos, com 2.847 novos postos de trabalho. Quando analisados os dados por faixa etária, o que se mostra é que os jovens com idade entre 18 e 24 anos tiveram o melhor cenário, com saldo positivo de 3.321 novos postos. Já as pessoas com idade entre 40 a 49 anos tiveram o pior saldo, que fechou negativo em -3.335 postos de trabalho.

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