O Ministério Público da Paraíba (MP-PB) pediu, por falta de provas, o arquivamento da denúncia que o próprio órgão fez contra o árbitro Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, que teve o nome citado na Operação Cartola, desencadeada em 2018 pela Polícia Civil da Paraíba. Ele foi acusado de envolvimento em esquemas de manipulação de resultados no futebol nacional e tal acusação rendeu-lhe o período de mais de um ano afastado dos gramados.

Chicão acionou a Justiça comum, pedindo para voltar a participar dos sorteios das escalas de arbitragem, e a Federação Alagoana de Futebol (FAF) acatou. Inclusive, ele já trabalhou em jogos do Alagoano 2020. O último deles foi no sábado (15), quando comandou Coruripe x ASA.

Ouvido pela Gazeta de Alagoas, Chicão comentou: "Quero dizer que estou muito feliz. Sabia que seria essa a decisão. Quero agradecer a Deus, à Federação Alagoana, à ANAF, a todo povo alagoano que sempre acreditou em mim e, em especial, a minha família, a minha esposa, Andréa, e a meus filhos, Caio e Melissa".

No Instagram oficial da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF), seu presidente, Salmo Valentim, postou: “A ANAF entende que a Operação Cartola prestou um grande serviço ao futebol brasileiro, mas errou ao alienar, sem provas, o nosso associado ao maior escândalo de corrupção no futebol paraibano. Em tempos de acusações baseadas no achismo, uma carreira construída com suor, superação e disciplina, agora terá que ser reinventada”.