O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou ontem (2), em teleconferência de imprensa, que está em conversa com a Fifa para mudar a regra do futebol masculino olímpico. Por conta do adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021, muitas seleções não poderiam contar com jogadores que só estariam aptos em 2020, pois atualmente só é permitida a participação de atletas que completem até 23 anos no ano da disputa – além de três sem limite de idade. No feminino, não há restrição.

Caso não ocorra uma flexibilização da regra, o Brasil perderia a chance de contar, em 2021, com 11 dos 23 convocados na última lista da seleção olímpica, divulgada em 6 de março, para a disputa de dois amistosos, ambos desmarcados por causa da pandemia de coronavírus.

“Uma das coisas interessantes é a questão da regra de idade. Mínima ou máxima em alguns esportes. E particularmente no futebol masculino nós temos o limite de 23 anos. Nós temos conversado com a Fifa e com os times. Ainda não há uma decisão tomada, mas você deve entender que há uma lógica a ser seguida nisso e ela será a base de uma decisão apresentada nas próximas semanas”, disse Christpher Dubi, diretor executivo do COI.

Entre os prejudicados estão Lucas Paquetá (Milan) e Matheus Henrique (Grêmio), que já foram da seleção principal. Eles e outros nove perdem a chance de disputar as Olimpíadas como atletas sub-23, pois completam 24 anos em 2021.

Convocados no mês passado por Tite para a seleção principal, Gabriel Jesus (Manchester City) e Bruno Guimarães (Lyon), também poderiam participar das Olimpíadas como sub-23 em 2020, mas em 2021 completam 24 anos.