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CONFIRA OS DESTAQUES DA POLÍTICA ALAGOANA #FN23052020

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Por FATOS & NOTÍCIAS | Edição do dia 23/05/2020

Matéria atualizada em 23/05/2020 às 06h00

Na entrevista coletiva que o governador Renan Filho concedeu no meio da semana para anunciar se ampliava, decretada o lockdown ou afrouxava as medidas restritivas para o combate ao coronavírus, não fez quase nenhuma revelação que merecesse destaque. Sua excelência não disse nada mais, nada menos aos jornalistas, do que já tinha dito em encontros anteriores. Falou sobre planos de aumentar a capacidade de atendimento à população e pediu, como sempre que, se puderem, fiquem em casa.

O que mais surpreendeu foi o governador não fazer uma avaliação da estatística de mortos e infectados pelo Covid – 19 que aumenta a cada dia que passa, nem tampouco da situação aflitiva do comércio, da indústria e da população mais excluída da sociedade. Talvez no dia 31, quando se encerra o prazo do novo decreto, o governador tenha alguma coisa a dizer.


TRAPALHADAS

A semana que passou foi digna de uma Escolinha do Professor Raimundo, que teve como ator principal o “Pequeno Polegar”. Começou com o vexame no Centro de Triagem no Tabuleiro do Martins e a presepada da utilização de um veículo Pajero com placa fria.


AJUDA CAPENGA

Como não poderia deixar o seu chefe na mão, o presidente do Detran, Adrualdo Catão, se apressou em justificar o injustificável e tentar livrar o governador de mais um vexame, quando utilizou um carro com placa adulterada crime tipificado no artigo 311 do Código Penal Brasileiro.


PREVARICAÇÃO

No mínimo Adrualdo poderia responder por prevaricação no cargo, ou seja, deixar de cumprir o que determina a lei e, por cima, apadrinhar seu chefe flagrado com a mão na botija.


ALVO ERRADO

O procurador-geral do Estado, Francisco Malaquias perdeu seu precioso tempo ao provocar o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, para instaurar inquérito e apurar notícias supostamente falsas sobre o abastecimento de hidroxicloroquina nos hospitais públicos de Alagoas. Horas depois a promotora de Justiça Cecília Carnaúba publicava nas redes sociais que iria apurar denúncias sobre o sumiço do medicamento na área de saúde estadual.


CONTRASSENSO

O governador Renan Filho diz uma coisa e faz exatamente outra. Ao liberar o uso de cloroquina para combater o coronavírus vai de encontro à ciência, a qual ele mesmo disse que iria seguir. O uso da droga é altamente questionável por parte de médicos e cientistas que alertam para os efeitos colaterais.


MODERAÇÃO

O marketeiro de Renan Filho tem andado por aqui nos últimos dias. A pedido de duas cabeças coroadas palacianas, ele tenta conter o ímpeto do “Pequeno Polegar” na utilização de lives e postagens nas redes sociais. Ele tenta aconselhá-lo a consumir a ferramenta, mas com bastante moderação.


PARA AVALIAR

No Decreto 69.845 do governo do Estado publicado na quarta-feira, os artigos 6º e 7º chamam a atenção. No primeiro diz expressamente que “cessando a suspensão das aulas, as transferências de recursos serão automaticamente suspensas” . No 7º, enfatiza que “em caso de insuficiência de recursos para a manutenção da concessão deste auxílio, esse poderá ser suspenso a critério do Poder Executivo”


PROPAGANDA ENGANOSA

A alegação de que o Estado foi o que mais conseguiu ampliar o número de leitos para tratamento do coronavírus não passa de uma criação e invencionice do governo. É tanto que o MP pediu que o Estado contrate leitos em hotéis para isolar vulneráveis.


» Nos bastidores do Palácio República dos Palmares nem tudo era tristeza nesta crise de pandemia. Ao chegar em Alagoas depois de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, o mais sorridente era o “Pequeno Polegar” com a garantia do governo federal de que nem neste, nem no próximo ano, concederá reajuste ao funcionalismo público.

» Mas nem todos os governadores foram da mesma opinião de Renan Filho. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, defendeu o reajuste e assegurou que o veto do governo federal interfere na autonomia dos estados.

» Como não concede reajuste aos servidores há 3 anos, a recomendação do presidente Bolsonaro caiu como uma luva nas mãos de Renan Filho.

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