Os resultados da mais recente Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgados no último mês de dezembro, mostram que o índice de intenção de investimento dos empresários da construção alcançou 42,2 pontos, em dezembro, superando a média histórica de 33,9 pontos. O índice envolve compras de máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, inovação de produto e processo.
Conforme a economista Ieda Vasconcelos, este é o maior patamar do indicador desde novembro de 2014. “Sem dúvidas, o maior nível de atividade da Construção neste ano ajuda a explicar o incremento deste indicador”, destaca.
Ieda ressalta que após cinco anos de números negativos, a construção civil encerrará 2019 com alta. “A tendência é que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor feche o ano de 2019 com crescimento de 2% – melhor resultado desde 2013, quando a atividade subiu 4,5%, destaca”.
Segundo Ieda, a maior propensão de investimento dos empresários reflete as condições mais favoráveis para fazer negócios, como inflação e juros baixos. “Os empresários da construção estão mais confiantes e mais otimistas. Cresceram todos os indicadores de expectativa, como nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, consumo de matéria primas e número de empregados”, explica.
Mesmo com a queda do nível de atividade em novembro, Ieda também destaca que a utilização da capacidade operacional, pelo terceiro mês consecutivo, manteve-se na média histórica de 62%, demonstrando, menor ociosidade da construção.
O acompanhamento do tema tem interface com o projeto ‘Banco de Dados da Construção (BDC)’, desenvolvido pela CBIC, e tem a correalização o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).