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Imobiliário

ECONOMISTA FALA DA IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO PARA A ECONOMIA NACIONAL

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Por Editoria do Imobiliário & Construção | Edição do dia 10/07/2021

Matéria atualizada em 10/07/2021 às 04h00

A economia brasileira crescerá 5,18% em 2021, segundo estimativa da pesquisa Focus do Banco Central desta semana. A construção civil, por ser intensiva de mão de obra, muito pode contribuir para a geração de emprego e renda no País. Além de fortalecer a economia, o setor é também capaz de proporcionar desenvolvimento social.

“Dinamizar as suas atividades é naturalmente alavancar o crescimento socioeconômico e ampliar os investimentos necessários. É solidificar as bases físicas imprescindíveis para um desenvolvimento duradouro”, destaca a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Segundo ela, cada real investido na construção de uma habitação representa investimento total de R$ 2,46. Para tal resultado são considerados os efeitos no próprio setor, na cadeia de suprimentos (indiretos) e nos demais setores da economia (induzido), ou seja, nota-se que o valor da produção mais do que dobra.

 

Economista Ieda Vasconcelos reforça que os efeitos positivos da construção civil ultrapassam a fase de obra
Economista Ieda Vasconcelos reforça que os efeitos positivos da construção civil ultrapassam a fase de obra - Foto: Divulgação
 

“Esse investimento aumentará o Produto Interno Bruto (PIB) do País em R$ 1,12 e a arrecadação de tributos em R$ 0,62. Os multiplicadores do emprego mostram o efeito do investimento de R$ 1 milhão no setor, ou seja, a criação de 18,31 postos de trabalho considerando-se os impactos diretos, indiretos e induzidos”, disse.

Ieda Vasconcelos reforça que os efeitos positivos da construção civil ultrapassam a fase de obra. Encerrado o ciclo de edificações e entregue as chaves a construção civil residencial é capaz de gerar mais 36% dos valores das moradias em termos de demanda para os diversos setores da economia, incluindo a própria construção.

Em termos de geração de renda (PIB), esse adicional é da ordem de 16%, em termos de tributos mais 8%. Para cada R$ 1 milhão em residências entregues, geram-se 3,31 empregos no pós-obra. “Portanto, cada real investido na produção de moradias gerará mais R$ 0,36 de gastos na fase seguinte. Isso contribuiu para adicionar R$ 0,16 ao PIB da economia e R$ 0,08 em tributos. Em relação ao pessoal ocupado, a relação é de R$ 3,31 para R$ 1 milhão investido na produção de moradias”, diz.

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