Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
JOSÉ ELIAS

CONFIRA OS DESTAQUES DA POLÍTICA ALAGOANA #JE03082021

.

Por JOSÉ ELIAS | Edição do dia 03/08/2021

Matéria atualizada em 03/08/2021 às 04h00

DISCUSSÃO DO VOTO MAJORITÁRIO AINDA DEMORA UMA ETERNIDADE

Resenha em qualquer roda onde se discute 2022 é a lentidão das conversas sobre composições. Uns acham ser estratégia, outros preferem apostar na falta de segurança de alguns pleiteantes. Na verdade, os dois motivos e a ansiedade que garante um passaporte para Brasília e morada aconchegante no Palácio, que assegura quatro anos de endereço novo.

Num papo amistoso com um grupo de amigos, na Barra de São Miguel, Fernando Collor deu o seu palpite. Quiseram saber sua opinião sobre a demora exagerada das articulações, ele pediu paciência e uma dose de caldo de galinha. “Pra organizar as chapas, até o fim do ano, será uma eternidade!” Quis dizer que muita água ainda correrá por baixo da ponte.

Falou com a autoridade de ter participado de três eleições majoritárias – governador, presidente da República e senador. Deixou a entender que o momento é de reflexão e sustentou que seu nome à reeleição é uma decisão irreversível. Ele explicou que, em política, quem tem dúvida atrasa a viagem e perde o filme principal, tão aguardado pela multidão.


FORMIGUEIRO DO VOTO EM SILÊNCIO, NÃO SE ASSANHA

A aproximação do fim do ano não intimida as forças políticas de Alagoas, sem ligar para o calendário das eleições. Não se mexem com nomes que ameaçam entrar em campo nem olham pela janela quem passa pelas ruas. Ou estão confiantes com o quadro que sequer começou a ser desenhado nos bastidores ou temem uma resposta das ruas com o vírus.

Formigueiro em silêncio, sem se assanhar nem em curta distância, as formigas não pegam a alimentação. As graúdas não criam asa porque não são procuradas e não viram pombo-correio por falta de combustível que movimenta a língua dos fuxiqueiros. Escritórios e comitês de campanha fechados entram como uma navalha na pele dos profissionais do voto.

Os deputados federais como Tereza Nelma, Marx Beltrão e Severino Pessoa, em Brasília, preferem não botar a cabeça de fora. Cibele Moura, Flávia Cavalcante e Cabo Bebeto não fazem pronunciamento sobre o voto 2022. E na Câmara de Vereadores, Eduardo Canuto, Silvânia Barbosa e Samyr Malta só desejam saber que bicho vai dar ano que vem.


POUCOS GANHAM MANDATO USANDO PRESTÍGIO POLÍTICO

Muita gente que ganha eleição, na euforia do mandato, bate no peito e faz desabafos que não representam a verdade. “Vocês têm que respeitar a minha votação!” - saem se rebolando, como se classificava os “gomeiros” na gíria das antigas. Tudo mentira, conversa pra boi dormir, porque a disputa custa muito ccão, dinheiro que muitos ricos nunca sonharam.

Os gastos com o eleitor estão fora dos limites, longe dos números colocados na ponta do lápis pelos matemáticos. “Maioria que diz ter chegado lá pela “bondade” do povo, está descaradamente mentindo e querendo mostrar intimidade com as esquinas. Liderança pra valer fica com Divaldo Suruagy, Fernando Collor, Guilherme Palmeira e Renan Calheiros.

Mas, nas exceções, alguns se destacaram no desejo livre e soberano da vontade dos cidadãos, que não aceitam influência. Sabino Romaris, famoso locutor esportivo, destaque na cultura e nas comunicação, é um deles, mas só correu na pista uma vez. Mendonça Neto e Heloisa Helena, discursos na ponta da língua, também conquistaram a simpatia das ruas.

Mais matérias desta edição