BARRACOS SE PREPARAM PARA RECEBER OS CANDIDATOS COM FOME DO VOTO

A cada campanha, barracos humildes ganham o troféu de residências mais visitadas por candidatos que matam e morrem por um diploma assinado pela Justiça Eleitoral. Deixam a arrogância de lado e, fala mansa, dão um simpático grito da porta improvisada: “Tem gente aí?”

Cigarro de palha no bico, aparece o proprietário perguntando o que queria a “simpática” pessoa que chegou num veículo de última geração. “Pois, não!” - apresenta-se o dono do espaço onde falta tudo, desde amor, passando por feijão, até cidadania, identidade de existência.

“Posso entrar?” - pede permissão para conversar sobre eleição, com um rosário de promessas dentro da pasta, que também carrega os santinhos. “Tudo bem?” - passagem concedida e, lá dentro, por absoluta falta de acomodação, senta em um tamborete, enquanto a família fica em pé.

Os saudosistas lembram os tempos em que o voto era disputado no discurso, onde haviam muitas mentiras, mas a verdade era maioria. Guilherme Palmeira, por exemplo, foi deputado, governador, senador, prefeito de Maceió e senador, sempre ao lado dos necessitados.