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DOENÇA ONCOLÓGICA E ALIMENTAÇÃO: UMA RELAÇÃO ESSENCIAL

Nutricionista alerta para a importância da alimentação no tratamento das doenças oncológicas e outras patologias

Por Maylson Honorato, com assessoria | Edição do dia 09/11/2019

Matéria atualizada em 11/11/2019 às 14h53

Especialista foca em recuperar qualidade de vida de pacientes com câncer e outras doenças
Especialista foca em recuperar qualidade de vida de pacientes com câncer e outras doenças - Foto: Divulgação
 

Passar por um câncer é traumático, mas, é possível recuperar a qualidade de vida depois de curado e até mesmo durante o tratamento. É isso que defende a nutricionista clínica e oncológica Ariana Amaral, que trabalha justamente com a qualidade de vida e o bem-estar de pacientes com câncer e outras doenças.

A especialista explica que é importante ter acompanhamento especializado e com objetivos definidos para cada fase da doença do paciente.

“Ao descobrir o câncer, é importante buscar o profissional para uma melhor alimentação e para prevenir os efeitos que podem vir no tratamento, como a perda de peso, falta de apetite. É importante que o paciente comece bem o tratamento, que pode ser longo e desgastante”, destaca a especialista em Oncologia pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (HIAE/SP).

Para os que já estão em tratamento, o acompanhamento pelo nutricionista é essencial para minimizar os possíveis efeitos associados ao processo, como náuseas, vômitos, diarréia, falta de apetite, e evitar a perda de massa magra, “que é algo não desejado durante esse processo, mas que pode acontecer devido a fatores associados à doença”.

Com o grande avanço dos tratamentos atuais, o acompanhamento para quem já teve câncer e está curado é fundamental para a manutenção da saúde e disposição para a rotina de vida pessoal e profissional. É preciso acompanhar a “composição corporal”, já que alguns pacientes perdem muita massa magra durante o tratamento e acabam sofrendo o impacto disso após a finalização, como diminuição da melhora da qualidade de vida e restrição nas atividades cotidianas que realizava antes da doença. “Além de receber orientações sobre uma alimentação adequada aliada à prática de atividade física”, explica a professora universitária e mestra em Nutrição Humana.

Durante esse processo, é essencial trabalhar em conjunto com a equipe que trata o paciente e individualizar a dieta. “Focar no bem-estar do paciente escolhendo alimentos saudáveis, nutritivos, que atendam suas necessidades. A suplementação nem sempre é necessária, mas isso é algo que varia caso a caso. Pode ser uma conduta importante em alguns momentos do tratamento”, diz Ariana.

Ela também destaca a importância de se trabalhar a alimentação em conjunto com atividade física nos pacientes que conseguem manter essa rotina. “É muito relevante no tratamento e recuperação, além de estar associado ao bem estar geral do físico e da mente. Trabalho sempre tendo em vista essa perspectiva”. Para pacientes em cuidados paliativos, o foco do atendimento é melhorar a qualidade de vida, promover conforto e bem estar.

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