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CONFIRA OS DESTAQUES DA ECONOMIA ALAGOANA #MA01072020

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Por Edivaldo Junior | Edição do dia 01/07/2020

Matéria atualizada em 01/07/2020 às 06h00

Descompasso

Todos apostaram numa reabertura de setores do comércio e serviços de Alagoas que continuam suspensos para esta quarta-feira. A flexibilização vai começar. Mas somente por Maceió e só na próxima sexta-feira (3). Um detalhe que poucos levaram em consideração: além do decreto do governo, os decretos dos prefeitos também devem ser observados.


Alinhamento

O novo decreto que coloca em prática o plano de distanciamento social controlado em Alagoas foi anunciado ontem em coletiva pelo governador Renan Filho e pelo prefeito de Maceió Rui Palmeira. Os dois alinharam mais uma vez as ações na capital. Mas fica valendo o atual decreto da prefeitura da capital, que está em vigor até esta quinta-feira (2).


Qual a cor?

O governo decidiu flexibilizar por regiões, começando apenas por Maceió. Lembrando que são cinco etapas, definidas pelas cores vermelha, laranja, amarela, azul e verde. Na sexta Maceió entra para a fase laranja. O resto de Alagoas fica no “vermelho”.


Sem retorno

A deputada Fátima Canuto (PRTB) fez um desabafo durante a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL) nessa terça-feira (30) e lamentou “a falta de respostas do governo do Estado e de suas respectivas secretarias aos apelos realizados pelos deputados da Casa”.


Sem leite

Fátima Canuto fez uma série de críticas ao governo, pontuando a paralisação de projetos importantes, como o Programa do Leite e o atraso nos pagamentos dos convênios de municípios com hospitais.


Sem leitos

A deputada fez, ainda, um apelo ao governador do Estado, Renan Filho (MDB), e ao secretário de saúde, Alexandre Ayres, para criação de um plano emergencial que contemple a demanda reprimida de outras doenças que, segunda ela, estão sendo deixadas de lado. “Cirurgias eletivas e de urgência para pacientes com câncer não têm acontecido”, reclamou.


Recuando

A queda do preço do açúcar do tipo VHP exportado para os mercados mundial e americano refletiu diretamente no indicador do ATR (Açúcar Total Recuperável) do mês de junho em Alagoas. Em comparação a maio, o preço líquido passou de R$ 0,8849 para R$ 0,8303, com variação negativa de - 6,1%.


O que é

O ATR, avaliado pelo Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar e Etanol dos Estados de Alagoas e Sergipe (Consecana-AL/SE), tem outras funções a definição do preço da tonelada de cana para os fornecedores das usinas.


Impacto

“Mês passado, tivemos uma alta de 7,9% na ATR em relação a abril, por conta da alta do dólar, além do VHP que teve embarques com preços bons. Este mês, tivemos um recuo por conta também do dólar e do VHP, que caiu bastante. Como o VHP tem um peso grande no Consecana, correspondendo a 45%, qualquer oscilação desse açúcar no mercado internacional tanto para mais, quanto para menos, tem um impacto grande no nosso Consecana”, explica o presidente da Asplana e do Consecana, Edgar Filho.


Diferenças

Cada caso, um caso. Edgar filho destaca que em Pernambuco, por exemplo, o principal produto do mix da cana com maior percentual no ATR é o açúcar cristal (mercado interno), enquanto em Alagoas é o VHP (mercado externo).


Colateral

“Então, no nosso caso, dependemos muito das oscilações do mercado internacional e de dólar. Nossas usinas fabricam muito para esse mercado. Com essas oscilações, principalmente agora por conta da pandemia, ocorrem essas grandes alterações de um mês para o outro. Mas a tendência é que ocorra um equilíbrio e que possamos ter um preço bom na safra”, avalia Edgar Filho


No saco

Segundo o boletim do conselho – formulado com dados do CEPEA -, o saco do VHP no mercado mundial recuou de R$ 94,08 para R$ 81,61. No mesmo caminho, o VHP mercado americano passou de R$ 166,00 em maio para R$ 151,05. A exemplo dos dois últimos meses, apenas o saco do cristal praticamente não apresentou alteração de preço. Enquanto em maio o valor foi de R$ 80,22, em junho ele ficou em R$ 80,91.

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