Venda de imóveis
A venda de imóveis disparou no primeiro semestre, bem como seus preços não param de subir. Mas isso não é o bastante para empolgar os investidores. O índice que mede o desempenho das ações do setor imobiliário na Bolsa já caiu 4,5% neste ano, ficando abaixo do Ibovespa, que acumula queda de 0,6%.
Citadoi
O indicador citadoi chama-se Imob, e é uma espécie de Ibovespa composto só por 18 papéis ligados ao setor. As cinco ações mais representativas nele concentram empresas do ramo de shopping centers: Allos, que representa 19,5% do índice; Multiplan (17,5%); e Iguatemi (9,7%). Mas há um peso forte também para construtoras voltadas para residenciais, como Cyrela (12,1%) e Direcional (7,1%).
Queda
A queda neste ano não é um ponto fora da curva para o Imob. Diferentemente do Ibovespa, o índice nunca se recuperou totalmente da pandemia de Covid-19. Seu pico foi atingido em 23 de janeiro de 2020, quando chegou 1.526 pontos. Hoje, está ainda na casa dos 920. Isso representa uma queda de 40% de lá para cá.
Aplicações
Seja para complementar o orçamento ou para gerar independência, aplicações financeiras podem render valores mensais na conta do investidor. O dinheiro garantido na conta sem necessariamente ter que trabalhar é chamado de "renda passiva" e pode incluir ações, fundos imobiliários (FIIs), CDBs e títulos do Tesouro, entre outros.
Ganhos extras
Carlos Castro, planejador financeiro e CEO da plataforma de planejamento SuperRico, afirma que tanto investimentos de renda fixa quanto de variável podem gerar ganhos extras no fim do mês.
Títulos
Na primeira classificação, existem os títulos do Tesouro Direto, como os pré-fixados, que pagam juros trimestrais ou cupons, e o IPCA+, que paga juros semestrais. Além disso, o investidor pode aplicar em CDBs de liquidez diária, em que se pode resgatar juros a qualquer momento.
Recomendados
Em relação aos de renda variável, ações e fundos imobiliários são recomendados pelo especialista, além da previdência privada, que tem um funcionamento híbrido. "Após contratar uma previdência, o cliente vai poder escolher no futuro se prefere resgatar tudo ou em forma de renda passiva", diz.
Erro comum
Segundo Carolina Borges, analista de research e especialista em fundos imobiliários da EQI Research, um erro comum ao investir em renda passiva é acreditar que o desempenho do investimento nos últimos 12 meses irá se repetir. "O ideal é você tentar entender ao que vai estar exposto. Um FIIs, ação ou outro ativo com bom retrospecto pode não ter o mesmo desempenho no futuro".
Simplificação
O Simples Nacional é um regime de tributação complexo, concebido como um puxadinho para a sobrevivência das pequenas empresas dentro de um sistema caótico. A simplificação trazida pela reforma tributária, assim como as mudanças esperadas nos impostos e contribuições sobre renda e folha de pagamento, não tornam esse sistema obsoleto, mas demandam sua atualização.
Risco
O governo federal iniciou as discussões sobre o tema, mas há o risco de que o Congresso Nacional atropele esse processo durante os debates da regulamentação da reforma na tributação do consumo.
Revisão
O Sebrae Nacional, por exemplo, avalia que a reforma será preponderantemente benéfica para os pequenos negócios, mas diz que o Simples Nacional terá de ser revisto por completo. A ministra Simone Tebet (Planejamento) já havia dito que esse era um gasto tributário que não precisa ser extinto, mas aprimorado.
Desoneração
Algumas empresas devem abandonar o benefício da desoneração da folha de pagamento, por iniciativa própria, antes do prazo final de vigência do programa, em 2028. A avaliação de setores contemplados pela medida e de especialistas em tributação é que as regras de transição para o período 2025-2027 devem se mostrar desvantajosas para setores com alíquotas mais elevadas na tributação pelo faturamento, como tecnologia e construção civil.
Uma lei aprovada neste ano e sancionada pelo presidente Lula (PT) prevê a manutenção do benefício em 2024 e uma reoneração gradual nos próximos três anos.