Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 5693
Opinião

SINAL AMARELO

.

Por Editorial | Edição do dia 07/08/2020

Matéria atualizada em 07/08/2020 às 06h00

Os últimos boletins sobre a situação da epidemia do novo coronavírus em Alagoas mostram uma redução do número de mortes diárias pela doença, o que é algo a comemorar, mas também apontam que a quantidade de novos casos confirmados a cada dia continua alta, principalmente depois que as medidas de isolamento social começaram a ser flexibilizadas. Para infectologistas, a flexibilização pode ter levado a população a relaxar nos cuidados para evitar a proliferação do vírus.

O Brasil continua como o segundo país do mundo com maior número de casos e mortes na pandemia do novo coronavírus, depois apenas dos Estados Unidos, que tem mais de 4,8 milhões de casos e 157 mil mortes pela Covid-19, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. O primeiro registro do coronavírus no Brasil foi em 26 de fevereiro. Um empresário de 61 anos, que mora em São Paulo (SP), foi infectado após retornar de uma viagem, entre 9 e 21 de fevereiro, à região italiana da Lombardia, a mais afetada do país europeu que tem mais casos fora da China. Ontem, o Brasil chegou a 98.493 mortes e 2.919.212 casos confirmados desde o início da pandemia, segundo boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Só nas últimas 24 horas, foram 1.205 mortes e 53.340 casos novos. Para especialistas um acúmulo de erros nos levou a essa situação, entre eles as falhas do governo na chegada do vírus ao país, os desajustes na reabertura econômica e a resistência ao isolamento e ao uso de máscaras, O fato é que o País não se preparou adequadamente para a chegada do vírus. Apesar das recomendações de cientistas sobre a necessidade de isolamento para conter a disseminação do novo coronavírus, houve contradição nas orientações dadas à população pelos governos estaduais e o federal. No caso de Alagoas, a situação é bem mais confortável do que era há alguns meses. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, a ocupação dos leitos destinados exclusivamente a pacientes da Covid-19 está em torno dos 35%. Entretanto, para afastar de vez o risco de colapso no sistema de saúde, é preciso que a população faça sua parte.

Mais matérias desta edição