Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
Opinião

MAIS UM PASSO

.

Por Editorial | Edição do dia 12/08/2020

Matéria atualizada em 12/08/2020 às 06h00


O governo do Estado anunciou ontem que Maceió avançará para mais uma fase do plano de Distanciamento Social Controlado, saindo da etapa amarela (risco moderado) para a azul (risco moderado baixo). Já os municípios do médio e alto Sertão permanecem na fase laranja (risco moderado alto), enquanto as demais cidades passam para a fase amarela.

A justificativa do governo é a diminuição do número de morte pela Covid-19 no Estado, assim como a estabilização na taxa de ocupação de leitos, que tem ficado entre 30 e 35%. Já a ocupação das UTIs já está abaixo dos 50%, o que deixa mais distante o risco de colapso no sistema de saúde, grande preocupação no início da pandemia. Os números, de fato, mostram que as medidas tomadas anteriormente surtiram efeitos, garantindo não só o achatamento da curva de contaminação, mas sua redução. Entretanto, isso não significa que a guerra está ganha. Pelo contrário. Todo esse avanço só será mantido se a população cooperar e obedecer às orientações das autoridades de saúde, principalmente no tocante ao uso de máscaras ao distanciamento social. O próprio governador já alertou que poderá até mesmo voltar com as medidas restritivas se o número de infectados e de mortes subir novamente. Infelizmente nem todos têm essa consciência, e pelas ruas é comum ver aglomerações e pessoas circulando sem máscaras. Apesar do avanço da capital alagoana para a fase azul, o novo decreto vai manter as atividades de cinemas, museus e teatros suspensas. A abertura dos segmentos foi adiada para a etapa verde, assim como as aulas presenciais tanto na rede privada quanto na pública. Essa talvez seja a decisão mais complexa a ser tomada, pois suscita debates em todo o mundo. Ao anunciar as novas medidas, o governo ressaltou que as atividades presenciais nas escolas só serão retomadas quando houver segurança máxima, tanto para os estudantes como para os professores. Além disso, uma pesquisa com pais, alunos e professores deve ser realizada para a tomada de uma decisão coletiva. Afinal, ano letivo pode ser recuperado; vidas perdidas, não.

Mais matérias desta edição