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Opinião

SOLIDARIEDADE E EMPATIA PARA VENCER O VÍRUS

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Por Angelito Rocha. presidente da Municred, cooperativa de crédito dos servidores municipais de Porto Alegre | Edição do dia 13/08/2020

Matéria atualizada em 13/08/2020 às 06h00

A solidariedade, a cooperação e a empatia nunca estiveram tão em evidência, não como três conceitos distantes, mas como condição para o mundo superar os múltiplos impactos da pandemia da Covid-19. Não por acaso, esses são pilares do cooperativismo, um modelo que traz prosperidade, cresce e gera empregos acima da média dos demais setores da economia. No Brasil, mais de 14 milhões de pessoas atuam juntas no cooperativismo, a partir da força do coletivo e da gestão democrática.

No passado, quando eventos de grande impacto ameaçaram o nosso modo de viver, como guerras, catástrofes e pandemias, como a Gripe Espanhola, a humanidade encontrou na solidariedade e união de forças uma maneira de ir em frente. Agora, novamente, os valores do cooperativismo têm uma contribuição para resgatar a economia, afetada pelas exigências de distanciamento social para deter o novo coronavírus. Considero mandatório que nós, enquanto cidadãos, e as instituições, enquanto mecanismos de ordem social, resgatem a essência do que realmente nos fez chegar até aqui: a colaboração, a empatia e a solidariedade. É necessário rompermos barreiras, adentrarmos fronteiras, abdicarmos das nossas individualidades para pensarmos no planeta como uma única sociedade. De forma positiva, já vejo movimentos relevantes nesta direção. Em âmbito global, por exemplo, 30 nações, incluindo o Brasil, participam de um projeto para compartilhamento de vacinas, remédios e métodos de diagnóstico para combater a pandemia. Trata-se de uma ação coordenada em prol de um único objetivo que, a médio e longo prazos, vai beneficiar bilhões de pessoas ao redor do mundo. As organizações privadas também têm dado grandes exemplos de solidariedade, com contribuições relevantes para o enfrentamento dos enormes desafios decorrentes da Covid-19. Os cidadãos também fazem a sua parte, a partir da criação de uma corrente do bem que se propaga pelo mundo afora. Essas ações fazem toda a diferença. Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas acredito que o percurso será mais leve se a solidariedade e a cooperação nos guiarem nesta estrada. Precisamos ser solidários para cuidarmos de nós, dos nossos idosos, das nossas famílias, mas, principalmente, do nosso futuro.

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