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Opinião

APELO À UNIÃO

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Por Editorial | Edição do dia 21/01/2021

Matéria atualizada em 21/01/2021 às 04h00

Em discurso logo após ser empossado como 46º presidente dos Estados Unidos, na tarde de ontem, o democrata Joe Biden disse que a democracia prevaleceu e fez um apelo em favor da união e do fim do que ele chamou de “guerra incivil”. Biden salientou que busca acabar com a divisão e polarização política que marca os Estados Unidos nos últimos anos. Ele afirmou que o país passa por um momento difícil em sua história, em que enfrenta extremismo, violência e doença, e pediu para que os americanos encontrem união para atravessá-lo.

O novo presidente também fez referências a injustiças raciais, que ele prometeu combater. Ele também citou o hino do país, e disse que não pensa em poder, mas, sim, em possibilidades, e que ele vai escrever uma história de esperança, e não de medo. No discurso de pouco mais de 20 minutos, Biden enfatizou a necessidade de unidade nacional e de união entre os cidadãos para reconciliar o país em torno da democracia, contra a raiva, o ressentimento, o ódio e o extremismo. Não há dúvidas de que a de Joe Biden à Casa Branca encerra quatro anos de uma administração atribulada. Com seu receituário de direita populista, Trump afastou aliados tradicionais na Europa, acirrou disputas com a China e fez o país recuar em compromissos internacionais nas áreas de comércio, saúde, segurança, imigração e meio ambiente. Mais do que isso, estimulou a polarização da sociedade americana. Agora, Biden diz que há muito a ser consertado, restaurado, curado, enfrentando o divisionismo interno e o terrorismo doméstico. Em suas palavras, sem união não há paz, só ressentimento e medo numa nação em estado de caos. O novo presidente focou ainda no combate à pandemia e mencionou o grito por justiça racial que está em construção há 400 anos, citando Martin Luther King. Espera-se que os novos ares que vêm da Casa Branca ajudem na construção de uma agenda que torne o mundo mais leve, através de um diálogo multilateral em torno de valores como direitos humanos e desenvolvimento sustentável. Será a democracia contra o extremismo.

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