Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 5692
Opinião

TRÂNSITO SEGURO

.

Por Editorial | Edição do dia 04/05/2021

Matéria atualizada em 04/05/2021 às 04h00

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) deu início, ontem, à campanha Maio Amarelo. Com o mote “No Trânsito, sua responsabilidade salva vidas”, a iniciativa visa a conscientizar a população sobre os cuidados necessários para que o país consiga reduzir os números de acidentes e de mortes nas estradas brasileiras. Criada em 2014, a campanha é realizada anualmente, sempre durante o mês de maio.

Ao longo da última década, o Brasil conseguiu reverter a tendência ao aumento do número de óbitos nas estradas, reduzindo em cerca de 30% o total de casos registrados no último ano em comparação a 2011. Ainda assim, o Brasil registra, em média, 30 mil mortes por ano. Não há dúvida de que o Brasil precisa investir em políticas públicas que sejam voltadas para a questão dos acidentes de trânsito. O País aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, EUA e Rússia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre as principais causas dos acidentes com mortes ocorridos em 2016 estão falta de atenção (30,8% dos óbitos registrados); velocidade incompatível (21,9%); ingestão de álcool (15,6%); desobediência à sinalização (10%); ultrapassagens indevidas (9,3%); e sono (6,7%). É preciso ressaltar, portanto, que cerca de 95% dos acidentes são causados por falha humana ou falha mecânica por falta de manutenção, o que também não deixa de ser uma falha humana do condutor. É necessário, portanto, mudar a cultura atual do trânsito. Isso pode ser feito por mais campanhas educativas, desde os primeiros anos da vida escolar, preparação melhor dos condutores e intensificação das fiscalizações. É necessário também avançar em ações integradas e em estratégias que diminuam a dependência do carro, por isso a importância voltada para projetos que melhorem a mobilidade urbana, com investimento em transporte de massa. Ressalte-se que a solução do problema não está na lei propriamente dita, mas sim nos instrumentos a serem utilizados para aplicá-las efetivamente.

Mais matérias desta edição