Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
Opinião

DIREITOS DOS IDOSOS

.

Por Editorial | Edição do dia 22/10/2021

Matéria atualizada em 22/10/2021 às 04h00

Dados mostram que os idosos brasileiros já são mais de 30 milhões e serão 25% da população até 2050. Em seminário da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados realizado ontem, parlamentares e especialistas em envelhecimento recomendaram investimentos financeiros e mais políticas públicas para melhorar a qualidade de vida dos idosos, e ainda o fim da discriminação contra as pessoas mais velhas.

A pandemia do novo coronavírus expôs ainda mais as desigualdades no percurso do envelhecimento da população, com impactos na renda das famílias, na mortalidade dos mais velhos e na rotina dos residentes em instituições que cuidam de idosos. Especialistas têm chamado a atenção para o novo paradigma demográfico, com famílias de filho único e com até quatro gerações e aumento da expectativa de vida ao nascer e nas idades avançadas. Essa mudança de perfil tem consequências na rede de cuidados com os idosos e no sistema previdenciário. Por outro lado, há uma proporção e um número cada vez menor de pessoas contribuindo para pagar a Previdência. Portanto, envelhecer no Brasil torna-se um desafio, pois o país não está planejado para lidar com as diversas situações que acometem essa população de velhos que cresceu consideravelmente com o aumento da expectativa de vida nos últimos anos. Diante desse cenário, é preciso que haja um investimento adequado nas políticas públicas com foco principalmente nesse grupo populacional, pois o envelhecimento desafia as políticas de saúde, as sociais, as culturais, enfim, as políticas, sejam públicas e privadas. O Estatuto do Idoso estabelece que é obrigação da família, comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. É preciso, pois, implementar políticas públicas eficazes para que esses direitos saiam do papel e mudem a realidade dessa faixa da população.

Mais matérias desta edição